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Sexta - 29 de Janeiro de 2010 às 13:50
Por: Rafael Costa

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Procurador Pedro Taques, que ainda não definiu se disputa as eleições de 2010 em MT
Procurador Pedro Taques, que ainda não definiu se disputa as eleições de 2010 em MT

O procurador da República, Pedro Taques, afirmou nesta sexta-feira, em entrevista à Rádio CBN, que alguns segmentos da classe política em Mato Grosso temem a possibilidade de sua candidatura ao Senado.

"Parece que tem uma festa e muitas pessoas tem medo de que eu entre nessa festa. O que me parece é que há um certo temor, de parte de uma determinada classe, de que eu possa acabar com essa festa", afirmou Taques.

O procurador pregou a necessidade de uma reforma política para melhorar a relação política. "Precisamos de uma reforma política para impedir a comercialização de partidos políticos. As siglas não podem ser propriedade de ninguém, é um acesso ao cidadão para chegar ao poder. Temos uma política de Quarto Mundo. As leis precisam ser melhoradas porque quem sofre é o cidadão. No Brasil, um processo leva 13 anos para ser concluído e no Chile oito meses", disse o procurador.

Pedro Taques confirmou o conteúdo da reportagem do MidiaNews sobre o convite feito pelo presidente nacional do PPS, Roberto Freire, para ele ingressar na legenda e concorrer a uma vaga ao Senado.

"Conheço o ex-senador e ex-deputado federal Roberto Freire desde 1989, quando ele disputou a Presidência da República pelo PCB. Ele me convidou, sim, e no momento em que decidir vou considerar essa possibilidade", revelou.

Ao contrário do que noticiaram alguns veículos de comunicação, nesta sexta-feira, em momento algum, o site afirmou que já estava acertada a ida do procurador da República para a legenda socialista. Apenas noticiou que Freire aguardava resposta a um convite já formalizado.

Cautela

Questionado a respeito das preferências partidárias, Taques pregou cautela e não citou nenhuma legenda a qual pode se filiar, embora seja cortejado por diversos partidos políticos. No entanto, deixou implícito que não sentará à mesa "com certas figuras da classe política", evitando citá-las nominalmente.

"O partido é feito de pessoas, existem corruptos nos partidos políticos, mas a coerência é uma das minhas qualidades. Não dá para trabalhar com decência sem coerência", afirmou.

Questionado a respeito de quando anunciará se entra ou não na disputa eleitoral deste ano, o procurador preferiu o mistério. "O dia 4 de abril é o limite", a data é estipulada pela Justiça eleitoral para desincompatibilização de cargos públicos aos pretensos candidatos", lembrou.

Propostas

Ao longo da entrevista à CBN, Pedro Taques repetiu várias vezes: "Não sou candidato, só existe candidato depois da convenção". No entanto aceitou apresentar propostas a respeito de segmentos sociais.

Ele pregou a verticalização da produção em Mato Grosso, para garantir mais empregos no futuro. "Vejo que o agronegócio deve ser discutido não de forma imediatista, pensando na próxima safra; tem que se pensar daqui para 20 anos. Precisamos que o Estado seja exportador, mas, ao mesmo tempo, agregar valor para que o produto seja aceito no mercado internacional de forma mais adequada. Precisamos verticalizar a produção, o mercado de trabalho futuro vai ter muitos jovens que irão necessitar de inserção no mercado", disse.

Com relação à Segurança Pública, Taques defendeu que mais investimentos sociais para combater a criminalidade.

"Não se pode tratar a Segurança Publica de qualquer forma. Alguns crimes de menor potencial são questões sociais, falta de emprego, saúde, lazer. Em Bogotá [Colômbia], o índice de homicídio caiu 11%, com o avanço na urbanização de praças. Homicídios passionais, vindo de brigas, têm causas diversas, precisamos de medidas de descriminalização. Crimes graves, como a corrupção, não são sociais. Um indivíduo que rouba milhões dos cofres públicos e tem o domínio de seis idiomas merece punições mais severas como a cadeia", afirmou Taques.






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