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Internacional
Quinta - 28 de Janeiro de 2010 às 22:51

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O novo governo de Honduras, empossado nesta quarta-feira, afirmou que recebe o país "quebrado" após a crise política que envolveu a deposição do ex-presidente Manuel Zelaya e que buscará um acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) para superar a situação.

"As autoridades que deixaram o poder mostraram que o presidente [hondurenho, Porfirio] Lobo recebe um país quebrado", disse o ministro das Finanças, William Chong Wong, em entrevista coletiva com sua antecessora no cargo, Gabriela Núñez.

"A situação não é nada satisfatória", destacou Chong Wong, ao afirmar que "o governo já começou a conversar para conseguir o reconhecimento dos organismos internacionais e conseguir de alguma maneira avançar também com o FMI para chegar a um acordo".

Núñez revelou que restavam na Tesouraria Geral da República até ontem "quase um bilhão de lempiras" (US$ 52,6 milhões), mas lembrou que há entrada e saída de fundos diariamente e espera melhoras com a arrecadação tributária de fevereiro.

"Não temos qualquer relação direta com o FMI neste momento porque não estamos reconhecidos oficialmente", acrescentou Chong Wong.

O ministro lembrou que em 2009 "o FMI tinha dado um apoio de US$ 187 milhões" a Honduras por meio de um programa especial do Grupo dos Vinte (G20, países ricos e principais emergentes) para países pobres e que foi congelado pela crise política.

Esses recursos existem, mas não podem ser utilizados pelo governo, explicou.

Os organismos financeiros, assim como os Estados Unidos e outros países, congelaram as verbas destinadas a Honduras com o golpe de Estado.

Além disso, segundo Núñez, o Governo de Manuel Zelaya gastou cerca de oito bilhões de lempiras (US$ 421 milhões) além do orçamento.

Chong Wong apontou que o Governo de Lobo "já começou a fazer todas as negociações necessárias com os organismos de crédito" para recuperar sua cooperação, "mas falta o principal: o reconhecimento na parte política".

O Banco Centro-Americano de Integração Econômica (BCIE) anunciou na semana passada a retomada de suas operações com Honduras.

Sobre o reconhecimento internacional, Chong Wong disse que "os Estados Unidos deram o primeiro ao reconhecer o Governo" de Lobo.

"Mas faltam outros países, como os da União Europeia e outros que são importantes", acrescentou.






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