Associações firmam parceria com a CAB para centros não pagar água

Aproximadamente 100 centros comunitários e similares vão voltar a ser isentos do pagamento da tarifa de água e os valores cobrados nos últimos meses pela CAB Ambiental serão estornados – uma espécie de devolução contábil. O compromisso foi firmado na noite de sexta-feira(19), durante assembléia geral da União Cuiabana das Associações de Moradores de Bairros (Ucamb), com o diretor-geral da CAB, Ítalo Joffily, e a Federação Mato-Grossense das Associações de Moradores Bairros (Femab).

 

No final da manhã de ontem, o compromisso foi firmado também na União Coxipoense de Associações de Moradores (Ucam). “O que era revolta por causa da cobrança, se tornou aproximação e obrigou a CAB a dialogar com os presidentes de associações de bairros. E dessas conversações saiu o entendimento”, reconhece o presidente da Ucamb, Edio Martins de Souza.

 

O diretor geral Ítalo Joffily disse que será estudado caso a caso, porque não há condições de ser adotada uma medida linear. Todavia, projeções preliminares da assessoria técnica da CAB indicam que mais de 90% dos centros comunitários e similares serão atendidos.

 

Sobre a questão da falta de água reclamada pelos presidentes de bairros, Ítalo Joffily explica que o tema será tratado com nos ‘Ciclos Regionais de Saneamento”, a cada dois meses, sob coordenação do advogado Adalberto Cavalcante, gerente comunitário da CAB. “Contribuições valiosas chegam à CAB através de críticas e pedidos dos líderes comunitários. E essa relação é importante para a cidade, como um todo”, observa Adalberto Cavalcatne.

 

Na mesma assembléia geral, Ucamb e Ucam discutiram a composição as reivindicações para o Fórum de Participação Social, promovido pela Secretaria de Estado de Assistência Social (Setas). “É a oportunidade do movimento comunitário influenciar na política social de Mato Grosso, com sugestões que possam ser implementadas nos municípios”, observa o presidente da Femab, Walter Arruda.

 

A Ucamb também abriu debate sobre a necessidade de melhoria no transporte coletivo de Cuiabá. As críticas vão desde a falta de ônibus com ar condicionado – deveria ser 50% da frota na Copa do Mundo – até a ausência dos cobradores e paradas sem qualquer abrigo, entre outras.

 

“Esse foi apenas o ponta-pé inicial para a questão do transporte. A discussão será ampliada, nos bairros. Uma das propostas apresentadas é o fortalecimento do transporte alternativo, para melhorar a concorrência. Talvez seja um caminho, mas devemos debater mais”, completa Edio Martins.