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Domingo - 21 de Julho de 2013 às 07:41

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A Câmara de Cuiabá “interditou” os gabinetes dos vereadores durante o recesso parlamentar. Segundo um informativo expedido pela mesa diretora da Casa, o objetivo é auxiliar a contenção de despesas. Até mesmo a energia elétrica dos escritórios foi desligada para evitar seu uso.


 
A medida foi considerada “extrema” pelo vereador Onofre Ribeiro (PSB). Apesar disso, ele acredita que não terá o andamento de suas atividades parlamentares atrapalhado durante este período de inatividades. Isso porque seus funcionários estariam trabalhando fora do prédio.


 
“Eles não vão receber sem trabalhar. Não estão atendendo no gabinete, mas estão trabalhando na praça Ipiranga, com o gabinete itinerante. Estão prestando a atenção que a Câmara não vai poder oferecer durante o recesso”, explica.


 
Já Allan Kardec (PT) acredita que a medida não causa prejuízos às atividades políticas e, sim, colabora para que seja minorado o problema financeiro que a Câmara tem enfrentado desde o início desta legislatura. “Há os cortes determinados pela Justiça de uma verba que custeia os gabinetes, de R$ 25 mil pra R$ 2 mil. Isso fez com que todos diminuíssem os gastos. Estamos fazendo uma reorganização”, pondera.


 
Ele acredita ainda que a situação financeira do Legislativo é reflexo da relação dos parlamentares com o próprio Executivo municipal. O petista cita como exemplo a disputa com a prefeitura para que houvesse o aumento do duodécimo, no início o ano.


 
A única possibilidade de alteração do valor, contudo, seria se o orçamento estipulado inviabilizasse o funcionamento normal da Casa, segundo parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Líder do governo na Casa, o vereador Leonardo de Oliveira (PTB), contudo, também afirmou ser contra a medida adota pela presidência para conter as despesas. “Acho que a Câmara tem que funcionar direto. Pelo menos os servidores deveriam continuar os atendimentos normalmente”, avalia.


 
O presidente da Casa, João Emanuel (PSD), confirma a recomendação para que o prédio não seja utilizado. Segundo ele, esta é uma questão “administrativa interna”. Já quanto ao corte da energia, ele diz que “ainda não há esta definição”.


 
Os gabinetes devem permanecer fechados até que a Casa retorne do recesso, no início de agosto.





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