Pesquisa revela otimismo dos investidores estrangeiros com relação ao Brasil.
Brasil sobe e é 4º em ranking de investimento
O Brasil subiu duas posições, ultrapassando Grã-Bretanha e Hong Kong, e se tornou o quarto destino favorito para o investimento estrangeiro, diz uma pesquisa da consultoria A.T. Kearney.
O relatório Índice de Otimismo do Investimento Estrangeiro, publicado desde 1998, ouve executivos das principais companhias do mundo para saber onde e como eles pretendem investir no futuro.
No estudo de 2007, o Brasil estava na sexta colocação e, há seis anos, quando atingiu sua pior classificação, o país era apenas o 17º no ranking.
“O Brasil vem em uma trajetória de alta no ranking desde 2004. Tendo crescido fortemente apesar da gravidade da crise financeira, o país agora chegou às cinco primeiras posições pela primeira vez desde 2001”, diz o relatório.
Evolução do Brasil na pesquisa
Quando a A.T. Kearney iniciou a pesquisa, em 1998, o Brasil estreou como o segundo destino preferido dos investidores estrangeiros. Nos anos seguintes, o país se manteve nas quatro primeiras posições.
Mas, em 2002, ano da eleição de Luis Inácio Lula da Silva à Presidência, o país caiu para a 13ª colocação, caindo de novo em 2004.
"O Brasil finalmente está recuperando os patamares de confiança que detinha no final do século 20", disse à BBC Brasil o vice-presidente da A.T. Kearney, Dario Gaspar.
Segundo ele, o que possibilitou essa recuperação foi o crescimento constante da economia brasileira nos últimos anos, com prognósticos de mais expansão futura, e a estabilidade nas regras para negócios no país.
Gaspar aponta que as companhias que mais focam seus investimentos no Brasil são as dos setores petrolífero, construção civil e automobilístico.
A pesquisa mostra também que 22% desses investidores acham que as perspectivas brasileiras estão melhores agora do que há um ano. Apenas 2% pensam o contrário.
Tamanho otimismo só é superado em relação à China e à Índia.
Índice de otimismo para o investimento estrangeiro:
1º) China
2º) EUA
3º) Índia
4º) Brasil
5º) Alemanha
Emergentes
Além do Brasil, China e Índia estão entre os cinco primeiros colocados do ranking.
É a primeira vez que esses três Brics aparecem juntos no topo da lista. O quarto Bric, a Rússia, foi apenas o 18º.
“Os gigantes mercados emergentes de China, Índia e Brasil estão ganhando força para se distanciar da crise, pois investidores de todas as regiões relataram forte confiança em seus futuros e enxergam os investimentos nesses países como indispensáveis para manter a competitividade no mercado futuro”, disse Johan Gott, diretor da A.T. Kearney.
A China lidera o ranking desde 2002. Já a Índia perdeu neste ano a vice-liderança para os Estados Unidos.
“Ao mesmo tempo em que os investidores podem ter confiança de longo-prazo na economia indiana, em época de incerteza econômica, eles preferem os destinos mais previsíveis e conhecidos”, diz o relatório, para explicar a ultrapassagem americana.
A pesquisa também destaca a situação da Grã-Bretanha.
Enquanto o panorama geral melhorou em países desenvolvidos, a “surpresa mais impressionante é o Reino Unido, cuja dependência do setor de serviços financeiros levou o país à crise atual”. O país caiu da quarta para a 10ª colocação desde 2004.
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