PPS vai apoiar Wilson e não Mendes ao governo
O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, vetou qualquer possibilidade do partido em Mato Grosso acompanhar a candidatura do empresário Mauro Mendes (PSB). "Não aceitamos em hipótese alguma, mesmo que regionalmente, apoiarmos a candidatura da petista Dilma Roussef. Nós vamos por decisão tirada em congresso nacional do PPS, com a candidatura de José Serra pelo PSDB", disse Freire, adiantando que o partido vai apoiar a candidatura do prefeito de Cuiabá, o tucano Wilson Santos.
Polêmico, Roberto Freire explicou que existe um entendimento nacional do PPS de dar sustentação política ao PSDB e suas candidaturas nos Estados ou de partidos coligados, sempre tendo como meta a candidatura nacional do tucano e governador de São Paulo, José Serra. Fora isso ele ponderou que não existe preferência do diretório regional em relação as decisões nacionais, mas não confirmou que poderia a agremiação tomar medidas mais severas caso as decisões locais fossem contrárias.
"A grande maioria do diretório regional de Mato Grosso é a favor do acordo com tucanos", sinalizou Roberto Freire, elogiando a conduta e a determinação do deputado e presidente do partido em Mato Grosso, Percival Muniz. "É um companheiro valoroso e que saberá escutar os nossos apelos para que não haja dissonância entre as decisões do Diretório Nacional e as campanhas eleitorais nos Estados", pontuou o presidente do PPS Nacional.
Freire confirmou um encontro do qual participaram os tucanos Wilson Santos, a deputada federal Thelma de Oliveira e o ex-senador Antero Paes de Barros, que articulou o encontro via Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo.
"O PSDB demonstrou interesse inclusive de que o PPS tenha participação na chapa majoritária, podendo indicar candidatos próprios para vice-governador ou até mesmo senador", explicou Roberto Freire.
Com relação ao acordo fechado em Mato Grosso entre o PSDB e o DEM, que pode remeter a condição de candidato o senador democrata Jaime Campos caso ele esteja melhor nas pesquisas de opinião pública, Freire lembrou que o PSDB, o DEM e o PPS estarão na mesma coligação nacional e que deve ser repetida em nível estadual para dar sustentação política a candidatura presidencial. "Havendo acordo do qual participe o PSDB e o DEM, aliados preferenciais nossos, e o palanque seja do tucano José Serra nossa caminhada será conjunta", frisou o presidente nacional do PPS.
Roberto Freire já teve decisões políticas polêmicas em relação a política de Mato Grosso. Uma delas foi a ameaça de expulsão e a consequente desfiliação do governador Blairo Maggi que após eleito governador em 2002 e reeleito em 2006 deixou o PPS rumo ao PR criado a partir da fusão do antigo Partido Liberal com o Prona.
A decisão do presidente do PPS vai colocar em dificuldade os acordos em Mato Grosso, principalmente para dar andamento à candidatura do empresário Mauro Mendes.
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