PSDB tem como principais nomes para federal Rogério Salles, Nilson Leitão e a já deputada Thelma; sem quadro completo, partidos discutem formação de chapões; quociente eleitoral será de quase 180 mil
Nenhum partido tem chapa própria a federal; renovação deve ser de 30%

Nenhum dos partidos no Estado possui hoje número suficiente de pré-candidatos a deputado federal para lançamento de chapa própria. Por isso, estudam formar os chamados chapões. Numa expectativa do quociente eleitoral chegar a 193,2 mil votos, o que torna a disputa pelas oito cadeiras na bancada federal mais competitiva do que no pleito de 2006, que registrou quociente de 179,4 mil, alguns pré-candidatos já abandonaram o barco bem antes das convenções. Um dele é o líder do governo Blairo Maggi na Assembleia, deputado Mauro Savi (PR). Ele decidiu que concorrerá à reeleição e vive ainda expectativa de se tornar primeiro-suplente de Maggi na corrida ao Senado.

Analistas de plantão não arriscam apontar nomes que possam vir a "estourar" de votos à Câmara Federal. A renovação, pelo visto não deve chegar a 30%. Todos os oito federais vão buscar novo mandato. São eles: Carlos Bezerra (PMDB), Wellington Fagundes e Homero Pereira (ambos PR), Pedro Henry e Eliene Lima (os dois do PP), Valtenir Pereira (PSB), Thelma de Oliveira (PSDB) e Carlos Abicalil (PT). Nas eleições de 2006, o mais votado deles foi Abicalil, com 128.851 votos, seguido de Homero, com 100.114. Os que tiveram menos votos foram Eliene (65.855) e Valtenir (52.401).

Do PT, os nomes que mais se despontam para federal são do próprio Abicalil e do secretário estadual de Educação Ságuas Moraes. Abicalil está de olho no Senado e enfrenta queda-de-braço com a já senadora Serys Marly, que briga pelo direito à reeleição. Se não "peitar" a senatória, Abicalil vai tentar a reeleição, o que levaria Ságuas a buscar novo mandato de deputado estadual, do qual está licenciado desde janeiro de 2007.

A maior aposta do DEM é na pré-candidatura de Júlio Campos, que já exerceu mandato de federal, senador, governador e se aposentou como conselheiro do TCE. O PR aposta que conseguirá reeleger os seus deputados Wellington e Homero. No PP a briga é maior. Estão no páreo os já federais Eliene e Henry e correm por fora o empresário de Sinop Roberto Dorner, o secretário estadual de Ciência e Tecnologia e primeiro-suplente de federal Chico Daltro e o também suplente Neri Geller (ex-PSDB). A principal referência do tucanato é Thelma. O partido tenta motivar ainda à Câmara o ex-prefeito de Sinop Nilson Leitão e o ex-governador Rogério Salles, ex-prefeito de Rondonópolis.

No caso do PMDB, o principal nome é do cacique do partido, deputado federal Carlos Bezerra. Se articulam também internamente o evangélico e primeiro-suplente Victório Galli e o ex-presidente da OAB-MT Francisco Faiad. O PSB prioriza o projeto de reeleição de Valtenir, enquanto o PPS tenta levar para a disputa o empresário e primeiro-suplente de federal Eduardo Moura.