Professores podem radicalizar cobranças salariais em MT, diz Sintep
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) protocolizou, ontem, um pedido de audiência com o secretário de Estado de Educação, Ságuas Moraes. A entidade quer discutir a revisão salarial, conforme acordo firmado pelo governo em 2008, além de outros pontos reivindicados pela categoria.
O presidente do sindicato, Gilmar Soares Ferreira, diz que a categoria pode radicalizar caso não haja avanço no atendimento das reivindicações. "É só analisar o que diz a lei para concluir que o piso já deveria ter sido de R$ 1.132,40 em 2009 e deve ser ajustado novamente este ano", observa.
Além disso, os trabalhadores da Educação cobram o compromisso firmado pelo governo do Estado no encerramento da greve de 2008. "Ficou acordado que os 60% dos recursos vinculados à educação, determinados pela Constituição Federal, seriam destinados ao pagamento de salários, mas o governo não está cumprindo", protesta.
Como exemplo, Gilmar Soares cita o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), do qual a Educação deveria obter 25%. "Mato Grosso é o único que não aplica o percentual desse imposto na pasta". Este, inclusive, é um dos assuntos que a categoria quer discutir com o secretário. A exigência é o repasse de parte do IRRF para a Educação retroativo a 2004.
Também integram a pauta da audiência, as pendências das portarias de atribuição de aulas e posse dos novos concursados. O Sintep notificou ainda a realização do Conselho de Representantes, nos dias 06 e 07 de fevereiro, e da Assembleia Geral, no dia 08 de fevereiro. Estas e outras questões serão analisadas nos encontros.
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