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Cidades/Geral
Terça - 26 de Janeiro de 2010 às 17:51

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Os conflitos políticos prejudicaram o atendimento nos hospitais filantrópicos e no entendimento pacífico com o Estado. Essa é a avaliação do presidente da CPI da Saúde da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Ricardo (PR). "Quem tem pago essa conta é a população” - lastimou o político, ao exortar nesta terça-feira a Prefeitura de Cuiabá a adquirir mais serviços de alta complexidade do Hospital Universitário "Julio M6uller".

O hospital sofreu uma redução de 30% dos serviços de saúde oferecidos em determinação a uma portaria ministerial 918 de setembro do ano passado. Nela ficou reduzido o pagamento de horas extras aos servidores, fato que agravou ainda mais o quadro caótico em vive a rede pública de saúde de Mato Grosso.

Uma reunião foi realizada nesta terça-feira em busca de um entendimento. Dela participaram dois representantes do Ministérios da Educação , dois técnicos do Ministério do  Planejamento , Orçamento e Gestão, o diretor do hospital  José Carlos Amaral, representantes da Associação dos Docentes da UFMT, Adufmat e do Sindicato dos Técnicos da universidade , Sintuf  e o  presidente da CPI da Saúde da Assembléia Legislativa, Sergio Ricardo(PR).  A comissão especial federal ficará dois dias avaliando a situação do hospital e depois emitirá um relatório que será submetido ao MEC.

Desde o dia 4 de janeiro,  estão paralizados  o Pronto Atendimento Pediátrico, a UTI Neonatal e a Enfermaria Pediátrica do hospital. Além disso, a sala de cirurgia eletiva parou de funcionar. O HUML sempre foi o único hospital publico de Mato Grosso, referência no tratamento de doenças tropicias e contagiosas como a AIDS. É considerado fundamental para a rede pública de saúde do Estado. Para fazer o atendimento , eram utilizadas 22 mil horas extras que agora foram reduzidas para 6 mil.

Graças a uma ação da Associação dos Docentes da UFMT - Adufmat,  de acionar o Ministério Público Federal (MPF), em representação conjunta com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFMT (Sintuf), em defesa do HU, em dezembro passado  é que a situação do hospital veio a tona. As entidades argumentaram que a população não poderia ficam sem os serviços prestados pelo hospital. O MPF entrou com uma ação cautelar e na semana passada, a  Justiça determinou que a União encontrasse uma saída para restabelecer os serviços. Se a ordem judicial não for cumprida, a multa é de R$ 300 mil por dia.

Durante a reunião da comissão federal com a diretoria do hospital e o deputado Sergio Ricardo, o representante do MEC, Celso Fernando disse que a medida judicial será cumprida na medida do possível, “ porque a gestão pública de saúde não é de responsabilidade apenas de uma unidade de saúde mas sim de uma união de esforços entre município, Estado e União. É preciso lembrar a esses gestores que os hospitais públicos devem ser priorizados na oferta dos serviços caso contrário todo o sistema poderá ser prejudicado”, disse Celso. No próximo dia 04 de fevereiro acontece mais uma reunião da CPI da Saúde a partir das 14 horas na AL.






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