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Economia
Terça - 26 de Janeiro de 2010 às 15:59

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A alta na confiança do consumidor brasileiro em janeiro, que avançou 0,6% frente a dezembro, foi puxada pela recuperação das expectativas das famílias com menor rendimento.

No primeiro mês do ano, a confiança do consumidor com renda familiar de até R$ 2.100 subiu 3,7%, revertendo resultado negativo (-1,8%) observado no mês anterior, segundo a Sondagem do Consumidor, divulgada nesta terça-feira pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).

O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) passou de 112,3 para 113 pontos em janeiro. Essa alta foi influenciada também pela boa avaliação que o consumidor faz da situação atual. O ISA (Índice da Situação Atual) chegou a 124,8 pontos neste mês, maior nível da série histórica, iniciada em setembro de 2005.

Já a expectativa sobre o futuro caiu pelo segundo mês consecutivo. O IE (Índice de Expectativas) ficou em 106,6 pontos, menor patamar desde maio de 2008, quando não passara dos 103,9 pontos.

"A confiança do consumidor nesse patamar reflete um otimismo moderado.. A expectativa do consumidor sobre a economia é que ela continue no ritmo atual, sem perspectivas de grandes melhoras. Houve uma acomodação no otimismo", afirmou o coordenador do Núcleo de Pesquisas e Análises Econômicas da FGV, Aloisio Campelo.

As maiores perspectivas fazem com que a intenção de compra de bens duráveis das famílias com menor renda se mantenham em alta há três meses. As outras classes vão no sentido inverso, com expectativas cada vez menores de aquisição desses itens.

"O 13º salário e o reajuste do salário mínimo podem ter influenciado bastante a confiança da classe de menor renda. Eles apresentam também maior otimismo sobre a situação financeira da família", observou Campelo.

Campelo destacou que o aumento da confiança do consumidor com menor rendimento está ligado ao cenário estável do mercado de trabalho. Consultados sobre a situação atual do mercado, 64% dos entrevistados disseram estar mais difícil conseguir emprego, nível mais baixo do que o usual.

Sobre as expectativas futuras a respeito do mercado de trabalho, 20,6% esperam maior dificuldade nos próximos seis meses. Outros 22,9% aguardam um cenário mais fácil. O restante tem perspectiva de um quadro estável.






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