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Educação/Vestibular
Terça - 26 de Janeiro de 2010 às 15:31

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Tem do caro e do barato, com classe grande ou pequena, de longa ou curta duração, com turmas específicas ou genéricas. Os cursinhos pré-vestibulares têm oferecido cada vez mais opções sob medida para cada candidato.

Tanta oferta, avalia Maria Stella Leite, psicanalista e orientadora profissional da Colmeia, pode ser de grande valia na disputa por uma vaga no vestibular, sobretudo nos mais concorridos. "Apesar de ser pedagogicamente sofrível, porque é uma criação para tapar buracos deixados no ensino médio, o cursinho é muito eficiente, ele funciona", diz.

Para funcionar cada vez melhor, muitos cursinhos incluíram as novas tecnologias em seus métodos pedagógicos.

Afinal, a geração que está prestando vestibular já cresceu convivendo com o computador. Twitter, Facebook, YouTube, nada disso é novidade.

Assim, hoje é raro que o cursinho não tenha um portal recheado com listas de exercícios, resoluções comentadas de questões, resumos e muito material de apoio aos estudos.

O CPV adotou recentemente a ferramenta chamada "blackboard", uma plataforma interativa que oferece aulas on-line, vídeos, listas de exercícios e chats. O recurso foi uma ajuda muito importante no ano passado, quando a volta às aulas do segundo semestre foi adiada em razão da gripe suína.

Já no COC, a tecnologia está dentro das salas de aula. O cursinho está substituindo os quadros negros por lousas digitais, com "touchscreen" (uso através do toque na tela). Além disso, a instituição oferece aulas em três dimensões elaboradas pela editora do COC.

Para Carlos Monteiro, que presta consultoria em planejamento e gestão de instituições de ensino, a utilização das tecnologias da informação nos cursinhos é fundamental. "Isso não é um diferencial positivo, é praticamente uma condição de existência", afirma Monteiro.

Infraestrutura

Não é só na sala de aula e por insumos pedagógicos que os cursos oferecem serviços para facilitar a vida do estudante.

Como os alunos têm passado cada vez mais tempo nos cursinhos, a infraestrutura das instituições tenta tornar agradável ficar ali dias inteiros. Por isso, é comum que as instituições tenham refeitório, copa, lugar para esquentar marmita e espaços para descanso. "Durante um ano, o cursinho tem de ser a extensão da casa do aluno", diz Fábio Rendelucci, do COC.

O Objetivo tem até uma praça de alimentação, com diversas franquias, para agradar a todos os gostos.

Mesmo com tantos serviços e mimos à disposição, a psicóloga e psicopedagoga Lissandra Cianciaruso faz um alerta: "Cursinho ajuda, mas não faz milagre." Prova disso, diz a especialista, são os alunos que conseguem vagas em universidades concorridas mesmo sem ter feito cursinho. "Quem não pode pagar está fadado ao insucesso? Claro que não!", diz ela.






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