Câmara de Barra do Bugres cassa Orlando pela 2ª vez
Por sete votos a um, a Câmara de Barra do Bugres cassou nesta segunda (25) o mandato do vereador Orlando Cardoso Chaves, o Orlandinho (PV). A decisão foi lida por volta das 19h45. Apenas Eurico Faria dos Santos (PRB) votou a favor do parlamentar do PV. Esta é a segunda vez que Orlandinho tem o mandato cassado pelo plenário. A primeira foi em 2007, quando presidia a Mesa Diretora. Na época, ele foi reconduzido ao cargo por decisão do Tribunal de Justiça, que anulou a sessão de julgamento. Desta vez, a história deve ser diferente. Isto porque a Comissão Processante conta com a assessoria jurídica da advogada Débora Simone da Rocha Faria, tida como uma das melhores especialistas em Direito Processual do Estado.
Orlandinho foi denunciado em outubro de 2009, pelo representante do Conselho Municipal de Habitação, ex-vereador Arlindo Bezerra dos Santos, de 65 anos. “O vereador me acusou de manter com o Poder Executivo relações espúrias, afirmando que eu estaria mamando nas tetas da prefeitura e proferiu contra mim palavras de baixo calão”, relata o eleitor. As ofensas teriam sido proferidas por Orlandinho durante uma sessão da Câmara, em 1º de outubro de 2009, com transmissão por emissoras de rádio e televisão. “Os xingamentos foram lançados aos quatro cantos da cidade”, reclama Arlindo.
A sessão de julgamento deveria ter ocorrido na última sexta, mas foi adiada, pois o vereador desapareceu, numa manobra para protelar a sessão. Nesta segunda, ele compareceu à Câmara Municipal, ao lado da advogada. O vereador ficou conhecido na década de 80 por arquitetar a tentativa de sequestro do então deputado estadual Renê Barbour (já falecido).
Em 2007, Olandinho foi cassado por 6 votos a 3 sob acusação de superfaturamento. Ele teria comprado nada menos de oito mil cartões para aparelho celular, 17 mil litros de gasolina para um único veículo da Câmara e quatro baterias num mês para o mesmo carro.
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