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Saúde
Terça - 26 de Janeiro de 2010 às 03:40
Por: Caroline Rodrigues

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Mato Grosso é o quinto no ranking nacional em casos de hanseníase
Mato Grosso é o quinto no ranking nacional em casos de hanseníase

Mato Grosso é o quinto no ranking nacional em casos de hanseníase, estando abaixo dos Estados do Pará, Maranhão, Pernambuco e Bahia. O coordenador estadual de Combate à Hanseníase, Cícero Fraga de Melo, diz que a doença está ligada aos bolsões de miséria, onde há falta de infraestrutura nas casas e de saneamento. Segundo a Superintendência em Saúde, foram registrados 2.275 casos no ano de 2009, a maior parte dos casos está na baixada cuiabana.

Começou ontem a Campanha Estadual de Combate a Hanseníase, que vai até o dia 31 de janeiro. O objetivo, segundo Cícero, é divulgar informações para a população e também profissionais, possibilitando o diagnóstico precoce. Outra questão que será abordada é o preconceito com relação aos doentes, que chegam a obter a cura em 73% dos tratamentos realizados pelo serviço de saúde pública.

Cícero conta que o contágio da hanseníase é pelo ar, então é comum as pessoas retirarem o doente de casa e até mesmo separar talheres e facas utilizadas por ele. A ação, segundo o coordenador, é desnecessária porque após 7 dias de tratamento, não há mais risco de contaminação.

Os doentes não podem desistir do tratamento, que dura entre 6 meses e 1 ano. Caso fiquem mais de 3 meses sem tomar o remédio, precisam começar as aplicações desde o início.

Os primeiros sintomas são manchas vermelhas na pele e falta de sensibilidade no local. Depois, as reações vão evoluindo e o organismo reabsorve o próprio organismo, por isto ocorre a deformação de partes do corpo.

Como a pessoa perde os sentidos da pele, a situação facilita os acidentes e também machucados. O tratamento inadequado ou ambiente insalubre faz com que o sistema imunológico fique fraco, causando infecções.

Cícero fala que o tratamento evoluiu muito no Estado, que há 10 anos ocupava o primeiro lugar entre as notificações. A mudança, segundo o técnico, aconteceu porque muitos doentes eram "invisíveis" ao sistema de saúde em outras áreas do país.





Fonte: A Gazeta

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