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Economia
Segunda - 25 de Janeiro de 2010 às 05:11

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As indústrias de eletrodomésticos, eletrônicos, eletroportáteis e veículos começaram o ano pressionadas por aumentos de custos. Os reajustes de preços negociados entre fornecedores de matérias-primas - como aço, cobre, resinas plásticas - e as empresas são de até 10% para este mês. Mas os aumentos ainda não apareceram claramente nos índices que medem a inflação no atacado.

Além da alta de preços de matérias-primas básicas, a indústria de transformação sente os efeitos do aumento do salário mínimo, que subiu 9,68% a partir do início do mês, e também da formação dos grandes conglomerados na produção de insumos industriais.

Antes mesmo do anúncio oficial da compra da Quattor pela Braskem, ocorrido na sexta-feira dando origem à oitava maior petroquímica do mundo, a indústria já atribuía os reajustes de preços entre 6% e 10% do polietileno e do polipropileno à formação desse grande monopólio na produção de resinas plásticas. Mundialmente, dizem fabricantes de bens duráveis, há ociosidade na indústria petroquímica e grande oferta de resinas. Portanto, essa condição de mercado não justificaria elevação de preço.

De acordo com duas grandes indústrias compradoras de resinas que não querem ser identificadas, o preço da tonelada de polipropileno passou de R$ 3,5 mil em dezembro para R$ 3,7 mil este mês. Procurada pelo Estado antes do anúncio do negócio, a Quattor informou que não comentaria os aumentos. A diretoria da Braskem, em meio ao anúncio da compra da concorrente, não teve disponibilidade para atender à reportagem na sexta-feira.

O polipropileno e o polietileno são matérias-primas presentes na fabricação da maioria dos bens duráveis e não duráveis. Do gabinete da TV ao para-choque de carro, passando pela embalagem do biscoito, todos esses itens contêm resinas.

O presidente da Volkswagen, Thomas Schmall, confirma que a montadora negocia com os fornecedores de polipropileno reajustes de preços nesse início de ano. Segundo ele, caso o preço aumente muito, a empresa não descarta a possibilidade de avaliar a importação da matéria-prima. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo .





Fonte: AE

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