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A adoção de um novo sistema reduz custos e permite ampliação da área cultivada, que pode chegar a 52 mil hectares
Começa plantiode algodão em MT
O plantio de algodão adensado começou esta semana com o cultivo de 5 mil hectares em lavouras do Estado
A tentativa de revolucionar o plantio de algodão em Mato Grosso – por meio de um novo sistema que garante redução nos custos em até 50% - começou esta semana com o cultivo de 5 mil hectares em lavouras do Estado. O plantio com metade do espaçamento convencional, também chamado de adensado, e sua consequente redução nos custos, fará com que os cotonicultores mato-grossenses ampliem a área com essa tecnologia dos 7 mil hectares do ciclo anterior para 52 mil hectares na próxima safra.
A tendência, de acordo com a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), é o cultivo do algodão adensado se expandir no Estado. As pesquisas financiadas pelo Instituto Mato-grossense do Algodão (IMA) apontaram que o custo adensado representa uma economia em relação ao algodão de ciclo convencional e permite a recuperação do investimento do produtor em curto prazo. Os experimentos foram realizados na última safra. "A tecnologia e os processos de produção foram referenciados e os resultados apresentados pelo algodão adensado superam os do plantio convencional. Temos agora que ver o que é bom e o que não é, definir como trabalhar e investir neste sistema. Estamos conscientes de que esta alternativa não é a redenção total da cotonicultura, mas é um caminho viável", afirmou o presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Gilson Pinesso. A cautela da entidade se justifica diante da responsabilidade do Estado que detém 49% da produção nacional e 60% do volume total das exportações de algodão do Brasil.
Para Pinesso, apesar do desempenho favorável do sistema adensado, é hora de rediscutir o negócio e alinhar as idéias no setor que amarga uma queda significativa na área plantada - cerca de 20% na Safra 2008/2009 em relação a 2007/2008. "O decréscimo na área foi provocado pela falta de renda e de lucratividade do produtor. A cultura do algodão demanda investimentos e tecnologia e não pode sumir no Estado, como aconteceu em outras regiões. Por isso, investimos em pesquisas e estamos fornecendo dados concretos sobre qualidade e sustentabilidade do sistema para conscientizar o produtor. Podemos ter rentabilidade com um trabalho coerente e benefícios para todos", reforçou o presidente da Ampa lembrando que Estados Unidos e Argentina plantam o algodão adensado, mas com o desempenho abaixo das expectativas.
A perspectiva de economizar entre 400 e 500 dólares é vista com entusiasmo pelo presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), Haroldo Rodrigues da Cunha. Ele destacou que a fibra produzida em Mato Grosso é um orgulho nacional e a alternativa do adensado garante mais um diferencial no mercado mundial. "Não existe no mundo nenhuma história de sucesso como a do algodão mato-grossense em tão pouco tempo - em menos de 20 anos o trabalho dos pesquisadores, produtores, entidades e governos soubemos dar exemplo de organização e busca de soluções", constatou.
Cunha esclareceu ainda que o algodão adensado é produzido há mais de 20 anos, mas foram as pesquisas realizadas em menos de um ano que proporcionaram solução para problemas crônicos. "É impressionante e exemplar. Não é apenas uma safrinha e o que vier é lucro. São 200 arrobas a mais. Não existe segunda safra no mundo e com a qualidade do adensado daqui. Temos agora que obter competitividade", ressaltou.
PÓS-SOJA - Com entrelinha de 45 centímetros entre um pé e o outro - o espaçamento do convencional é de 90 centímetros -, o adensado é plantado após a colheita da soja e, com menor risco, até 15 de fevereiro. Tem um ciclo de 150 dias, ante o do convencional que é de 200 a 210 dias, e por isso, demanda menos defensivo. "O custo do hectare do adensado é de US$ 1 mil a US$ 1,2 mil, valor que para o convencional fica entre US$ 2,2 mil e US$ 2,3 mil".
A tendência, de acordo com a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), é o cultivo do algodão adensado se expandir no Estado. As pesquisas financiadas pelo Instituto Mato-grossense do Algodão (IMA) apontaram que o custo adensado representa uma economia em relação ao algodão de ciclo convencional e permite a recuperação do investimento do produtor em curto prazo. Os experimentos foram realizados na última safra. "A tecnologia e os processos de produção foram referenciados e os resultados apresentados pelo algodão adensado superam os do plantio convencional. Temos agora que ver o que é bom e o que não é, definir como trabalhar e investir neste sistema. Estamos conscientes de que esta alternativa não é a redenção total da cotonicultura, mas é um caminho viável", afirmou o presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Gilson Pinesso. A cautela da entidade se justifica diante da responsabilidade do Estado que detém 49% da produção nacional e 60% do volume total das exportações de algodão do Brasil.
Para Pinesso, apesar do desempenho favorável do sistema adensado, é hora de rediscutir o negócio e alinhar as idéias no setor que amarga uma queda significativa na área plantada - cerca de 20% na Safra 2008/2009 em relação a 2007/2008. "O decréscimo na área foi provocado pela falta de renda e de lucratividade do produtor. A cultura do algodão demanda investimentos e tecnologia e não pode sumir no Estado, como aconteceu em outras regiões. Por isso, investimos em pesquisas e estamos fornecendo dados concretos sobre qualidade e sustentabilidade do sistema para conscientizar o produtor. Podemos ter rentabilidade com um trabalho coerente e benefícios para todos", reforçou o presidente da Ampa lembrando que Estados Unidos e Argentina plantam o algodão adensado, mas com o desempenho abaixo das expectativas.
A perspectiva de economizar entre 400 e 500 dólares é vista com entusiasmo pelo presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), Haroldo Rodrigues da Cunha. Ele destacou que a fibra produzida em Mato Grosso é um orgulho nacional e a alternativa do adensado garante mais um diferencial no mercado mundial. "Não existe no mundo nenhuma história de sucesso como a do algodão mato-grossense em tão pouco tempo - em menos de 20 anos o trabalho dos pesquisadores, produtores, entidades e governos soubemos dar exemplo de organização e busca de soluções", constatou.
Cunha esclareceu ainda que o algodão adensado é produzido há mais de 20 anos, mas foram as pesquisas realizadas em menos de um ano que proporcionaram solução para problemas crônicos. "É impressionante e exemplar. Não é apenas uma safrinha e o que vier é lucro. São 200 arrobas a mais. Não existe segunda safra no mundo e com a qualidade do adensado daqui. Temos agora que obter competitividade", ressaltou.
PÓS-SOJA - Com entrelinha de 45 centímetros entre um pé e o outro - o espaçamento do convencional é de 90 centímetros -, o adensado é plantado após a colheita da soja e, com menor risco, até 15 de fevereiro. Tem um ciclo de 150 dias, ante o do convencional que é de 200 a 210 dias, e por isso, demanda menos defensivo. "O custo do hectare do adensado é de US$ 1 mil a US$ 1,2 mil, valor que para o convencional fica entre US$ 2,2 mil e US$ 2,3 mil".
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/145006/visualizar/
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