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Internacional
Sábado - 23 de Janeiro de 2010 às 17:56

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AP
Na sexta-feira, 10 dias depois do terremoto, um homem já havia sido resgatado em Porto Príncipe
Na sexta-feira, 10 dias depois do terremoto, um homem já havia sido resgatado em Porto Príncipe

Onze dias depois do terremoto no Haiti, equipes de resgate da França e dos Estados Unidos resgataram neste sábado em Porto Príncipe um haitiano vivo. Ele conversava com os socorristas em meio aos escombros de um edifício que ruiu.

"Achamos que ele está preso debaixo de uma estrutura de concreto", dentro de uma loja, e possivelmente teve acesso a comida, disse Samuel Bernes, que coordena os trabalhos de resgate do grupo.

Antes, um bombeiro americano já havia confirmado que sua equipe, acompanhada por franceses, trabalhava no resgate do haitiano de 24 anos. "Temos a confirmação de um homem no edifício. Ele está batendo e conversa", disse o bombeiro John Boyle.

As equipes tiveram de cavar para chegar até ao sobrevivente, que estava sob uma massa de escombros de concreto, vigas de madeira e ferro na Rua do Centro, na parte central da cidade.

Ele estava sob as ruínas do Hotel Napoli Inn e um supermercado. O irmão dele disse que voltava ao local todos os dias para tentar localizá-lo e chamou uma equipe internacional de resgate. A ONU informou neste sábado que o governo haitiano declarou encerrada a fase de busca e resgate de sobreviventes, mas algumas operações ainda continuam sendo realizadas.

Morte de brasileiros
A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, o diplomata Luiz Carlos da Costa, segunda maior autoridade civil da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, o tenente da Polícia Militar do Distrito Federal Cleiton Batista Neiva, e pelo menos 18 militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto. Também foi confirmada a morte de uma brasileira com dupla nacionalidade, cuja identidade não foi divulgada.

O Brasil no Haiti
O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.

A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.

Com informações das agências AFP e Reuters





Fonte: Terra

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