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MT Eleições 2014
Sábado - 23 de Janeiro de 2010 às 06:05
Por: Ana Rosa Fagundes

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O juiz federal Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara da Federal, um dos nomes citados para concorrer ao governo, não descarta participar da disputa eleitoral que acontece em outubro deste ano. Mesmo com discurso de candidato, o magistrado não assume que essa seja uma vontade própria, mas, sim, “de várias pessoas”. “Pesquisas eleitorais apontam que meu nome, se comparado com outros políticos notadamente reconhecidos, está bem cotado”, afirmou o magistrado, que mantém o mesmo suspense sobre a futura trajetória política.

Desde o ano passado o juiz tem sido lembrado para a corrida eleitoral, no posto de governador do Estado. Contudo, ele não revela quais partidos ofereceram espaço para filiação. “Muitas personalidades conversaram comigo, não falo nomes porque posso me esquecer de algum e isso seria injusto. Mas, se caso eu decida deixar a magistratura para ser candidato, ainda não sei de qual agremiação política vou fazer parte”, disse o juiz.

O magistrado é considerado uma novidade no meio político pela trajetória que tem: foi procurador do Estado e há 14 anos atua como juiz, sempre à frente de casos de grande repercussão.

No ano passado, ele foi o responsável pela decretação das prisões da operação Pacenas, que apontou fraudes nas licitações das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Cuiabá e Várzea Grande. Foi ele quem expediu os mandados de prisões para empresários, advogados e servidores públicos e determinou que as prefeituras anulassem os contratos e realizasse novas licitações. Além disso, ele chegou a visitar trabalhos inacabados do PAC pare decidir se liberava ou não recursos para finalização das obras. No meio político, essa atitude de visitar as obras, por exemplo, já fazia parte de uma promoção a uma futura carreira política.

Outro caso emblemático de 2009 protagonizado pelo juiz foi quando ele determinou o afastamento do então presidente da Ordem dos Advogados de Mato Grosso, Francisco Faiad, por abuso de poder e tráfico de influência. O advogado, Fernando Henrique, se sentindo lesado numa causa que defendia e que tinha Faiad como advogado da outra parte, entrou com uma representação na Justiça, que culminou no afastamento de Faiad. A decisão de Julier provocou verdadeiro frisson no meio jurídico. Um ato de desagravo à medida do juiz foi realizado pelos advogados e o presidente da Ordem não ficou longe do seu posto mais que um dia. Por esse caso, o ex-presidente responde a inquérito na Polícia Federal, sob suspeita de tráfico de influência. Apesar dos rumores, Julier nega desavenças pessoais com Faiad.

Questionado se uma disputa ao Senado lhe interessa, o juiz responde que “nas pesquisas eleitorais meu nome aparece para governador”. A seu favor numa disputa eleitoral Julier pontua o principio da moralidade e que a população espera candidatos com novos perfis. “O que eu percebo é que a população requisita novos padrões éticos na conduta administrativa. Precisamos de novas políticas públicas para a educação e para a saúde, políticas que atendam o povo”, afirmou.






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