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Sábado - 23 de Janeiro de 2010 às 01:08
Por: Cairo Lustosa

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Um dos maiores investimentos do Circuito Mato-grossense de Rodeio tem sido nos touros, animais que são as grandes estrelas dos rodeios, e para isso investimentos têm sido feitos. A seleção começa desde dos primeiros anos de vida do animal. O “candidato” a touro tem ser bonito, ter boa pelagem, ser ágil e forte.

Em Mato Grosso existem 120 companhias que fornecem touros para rodeios. A Companhia BF Rodeo existe desde 1999, e conta com 27 prontos para montaria e mais 10 em preparação. A Companhia fica localizada em uma área de 60 alqueires no município de Rondonópolis, próximo a região de São Lourenço de Fátima. Entre os touros que se destacam estão: ‘Paraíso, Xerife, Ping Pong, DVD e o Prazeroso.  Os nomes dos touros são capítulos à parte. Para os especialistas o nome tem que soar bem e ser imponente.

Na BF Rodeo três pessoas cuidam dos animais. Eles são tratados com composto orgânico e mineral, que dão energia e desenvolvem a massa muscular. Quando chega a temporada de rodeio a ração é dada proporcional ao peso do animal. Um touro de rodeio pesa entre 600 a 1.000 quilos e a ração garante qualidade, energia e ritmo.

De acordo médico veterinário e proprietário da Companhia BF Rodeo, Brás Simões Nogueira Filho, geralmente apenas 10% de um rebanho são aptos a se tornarem animais de rodeio. “A minha companhia tem 37 animais e deu preferência a animais habilidosos e com bom porte físico”, explica Brás. 

Outra companhia que se destaca em Mato Grosso é a Cia Bela Vista, localizada na capital do estado, Cuiabá, no km 50 da BR 364. A família do senhor Deusdete Novaes Santos cria animais para rodeio desde 1998.

A Bela Vista utiliza uma inovação que é o uso de um peão mecânico que simula o peso e os movimentos de uma pessoa. O recurso é utilizado em animais não amansados. Os touros da Bela Vista ainda nadam em um tanque de 80 metros e as montarias são feita nos finais de semana até chegada da temporada de rodeios.

Segundo um dos proprietários da Cia, Deusmar Novaes Santos, depois da seleção os animais recebem treinamento até aos quatro anos onde ficam aptos a serem montados. “Depois de crescidos, os touros são treinados como verdadeiros atletas. Do trote na fazenda à natação, ou animais realizam exercícios musculares e recebem uma alimentação diferenciada. Agora estamos partindo para o melhoramento genético separamos o nosso melhor touro Flexição para cruzar com vacas leiteiras assim conseguimos três bezerros que estão sendo preparados para o rodeios”, revela Deusmar. A companhia tem 45 animais e 35 estão prontos para montar e os destaques são o Samurai, o Marlboro e o Diamante.

O presidente da Federação Mato-grossense de Rodeio (FMTRO), Renato Bavaresco, aponta que os investimentos das companhias de rodeio contribuem para a melhoria do espetáculo. Hoje no Estado existem cerca de 6 mil animais disponíveis para montaria e um touro bem preparado pode chegar a 10 anos participando de rodeios.

Em cada etapa do Circuito Mato-grossense de Rodeio são utilizadas cerca de três a quatro companhias que chegam ao total de 60 animais que revezam nos quatro dias de montarias.
 As companhias utilizam mão de obra dos próprios cowboys, isso proporciona oportunidade de emprego para os que já estão aposentados. “O uso de tropeiros com experiência (ex-cowboys) garante animais mais qualificados. E o uso dessa mão de obra garante também aos cowboys um treinamento constante. Atualmente 1000 pessoas vivem diretamente dos rodeios e outras 2000 indiretamente”, explica Bavaresco.






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