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Sexta - 22 de Janeiro de 2010 às 10:29
Por: Romilson Dourado

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Diógenes Curado, da Justiça e Segurança Pública, e Augustinho Moro, da Saúde, enfrentam dificuldades de gestão
Diógenes Curado, da Justiça e Segurança Pública, e Augustinho Moro, da Saúde, enfrentam dificuldades de gestão

Com sete anos de mandato e a dois meses de deixar a cadeira de governador, Blairo Maggi conseguiu avançar em alguns setores, como na infraestrutura e na habitação popular, mas se mostrou capenga em outros, como na saúde e segurança pública. Por mais que destine fatia orçamentária, priorize qualificação e estrutura, esses dois segmentos representam sempre calcanhar-de-Aquiles para a administração pública. A sensação é que a onda de violência aumentou. Na saúde, a reclamação aponta para situação de caos.

Precaridade nas unidades de saúde, falta de hospitais regionais, filas de pacientes que esperam por cirurgias há vários meses, aliado a epidemia de dengue, representam problemáticas que puxam o governo para baixo. Seus secretários se mostram impotentes ou, muitos vezes, inoperantes. Empurram com a barriga alternativas que poderiam melhorar esses setores. Sob Augustinho Moro, a saúde teve em seus cofres em 2009 um orçamento de R$ 706,3 milhões. Para este ano estão previstos R$ 750 milhões.

Há reclamações, denúncias e manifestação sobre dificuldades de acesso dos usuários das ações e serviços de saúde. Em 2008, a Ouvidoria-Geral registrou 15 denúncias e 381 reclamações por causa de falta de consultas de especialidades, principalmente de ortopedia. A alegação é que faltam especialidades no SUS. Estoques de medicamentos não atendem a demanda, o que levam pacientes a recorrerem à Justiça. Faltam nos quadros da saúde profissionais como sapateiro, hansenólogo, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional. O quadro de servidores não é suficiente. Essa situação se agrava ainda mais porque 897 estavam cedidos para os municípios. A folha de pagamento custa R$ 35 milhões. Nos hospitais regionais, há tripla jornada de trabalho de alguns de seus servidores.

A Segurança conta com um orçamento anual de R$ 618,9 milhões. Registra 5.842 militares. Destes, 74 estão cedidos a outros órgãos. Centenas atuam em funções burocráticas. Já existe autorização para elevar o quadro para 11,4 mil, mas as nomeações por meio de concurso público vêm sendo postergadas. O subsídio dos policiais varia de R$ 1,6 mil, no caso dos 3,4 mil soldados, a R$ 11 mil, pagos aos 18 coronéis. Toda a pasta emprega 286 em cargos comissionados. No sistema prisional são 1,5 mil servidores, entre técnicos, agentes, assistentes e auxiliares.. Destes, 417 são contratados. Quanto à frota, consta-se falta de planejamento. Diversos veículos não constam ou não possuem registro na base de dados do Detran. E, assim, seguem cheio de problemas setores essenciais da administração pública, enquanto a população sofre o reflexo negativo dessa engrenagem que vive travada.





Fonte: RD News

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