Devolução de cheque cresce em MT
Bateu e voltou: em 2009 o número de cheques devolvidos em Mato Grosso aumentou 7,34% em relação ao ano anterior. Ao todo, foram 619,957 mil cheques que voltaram pela segunda vez, ou seja, por falta de fundos, um índice responsável por 4,09% do total de cheques que circularam no Estado. Em 2008 esse número foi um pouco menor e ficou em 597,348 mil devoluções, o que representou 3,81% do total. A marca atingida no Estado no ano passado é superior à media do país que registrou um índice de devolução de 2,15%. No Brasil, o percentual foi o maior desde 1991, ano em que o levantamento começou.
Os dados divulgados pela empresa de serviços e consultas ao crédito, Serasa Experian, colocam Mato Grosso em 12º no ranking de maiores inadimplentes entre os 27 estados da federação. O campeão é o Amapá, com uma taxa de devolução de 10,2%. São Paulo, por sua vez, foi o estado de menor percentual, com o índice de 1,64%. Dentre as regiões, o Centro-Oeste é a terceira com mais cheques sem fundos com 2,88%, a maior devolução aconteceu no Norte (4,95%).
Na avaliação do vice-presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio), Hermes Martins, o comportamento do consumidor durante o ano de 2009 foi em função do aumento de salário e das concessões de crédito disponíveis no mercado. "Em outubro e novembro começam a aumentar os cheques devolvidos. Normalmente quem decide antecipar o 13º salário acaba abusando, saindo do controle".
O volume de cheques compensados no Estado teve queda de 3,39% em 2009, quando foram registrados 15,149 milhões, 533,566 mil a menos que 2008. Em todo país, a queda foi de 11,57%. Nem mesmo com a retomada do crescimento econômico no segundo semestre impediu a inadimplência. A oferta de crédito ao consumidor que normalizou a inadimplência com cheques experimentou uma pequena redução em relação ao período anterior, registrando 1,99%. Esse cenário teve início no primeiro semestre, quando as vendas financiadas com cheques pré-datados foram alternativas para o varejo, diante de um quadro de liquidez reduzida, em decorrência da crise econômica internacional.
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