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Agronegócios
Quarta - 20 de Janeiro de 2010 às 10:15
Por: Elisete Mengatti/Cleber Gellio

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As alterações que estão sendo implementadas pelo novo Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov) deverão provocar o aumento do número de Estabelecimentos Rurais Aprovados Sisbov (Eras), que hoje é de aproximadamente 320 propriedades. No entanto, esta elevação não deverá influenciar o mercado da pecuária de Mato Grosso que continuará em ritmo lento. É o que prevê a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), que relaciona a sobrevalorização do real em relação ao euro, além da crise financeira pela qual passam os países da Comunidade Econômica Europeia, aos baixos níveis de exportação de carne para aquela comunidade.

Contudo, a Federação considera altamente positivo o processo de simplificação do Sisbov, que possibilitará a adesão de produtores rurais que até então encontravam dificuldades para credenciar suas propriedades devido à complexidade do processo.

As propostas de alteração do Sistema foi amplamente discutida pela classe produtora através da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA ) e de nove federações de Agricultura dos estados, além de  representantes da Associação Brasileira dos Exportadores de Carne Bovina (Abiec)  e técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O prazo relativo à consulta pública referente à proposta para o novo Sisbov terminou ontem (19). Aproximadamente 50 sugestões foram apresentadas durante o período de 21 de dezembro/2009 a 19 de janeiro/2010. As sugestões colhidas passarão agora pela análise dos fiscais federais do Ministério da Agricultura, Pecuária de Abastecimento (Mapa) e do Comitê Técnico Consultivo do Sisbov.

O representante da Famato, no Comitê, Luiz Carlos Meister, avaliou como positiva a possibilidade dada aos produtores de participarem efetivamente do processo de alteração do Sistema, contribuindo inclusive com sugestões.

Segundo ele, o novo sistema focou principalmente  os anseios da classe pecuária que enfrentava dificuldades na operacionalização do antigo sistema. Com o atual modelo foram atendidos, pontos importantes como  a eliminação do Documento de Identificação Animal (DIA), que era o grande entrave no ato de carregamento dos animais; eliminou-se a necessidade de fazer a leitura dos brincos na hora do carregamento, devendo esta leitura ser feita no abate do animal. Além disso, o pecuarista poderá prescindir de trabalhos da certificadora. O produtor, através de uma senha específica, poderá acessar diretamente a Base Nacional de Dados (BND) para dar entrada ou fazer baixa de animais no banco de dados.” Isso significara economia de tempo e de dinheiro”, destacou Meister.

Um ponto altamente  positivo que será implementado junto com a BND é que através das Unidades Veterinárias Locais (UVL) os próprios produtores rurais poderão fazer a emissão da Guia de Transporte Animal (GTA), pela internet.

Outra grande inovação é que o Estabelecimento Rural Aprovado Sisbov poderá optar por brincagem dos animais de forma coletiva ou individual, sendo que coletivamente os animais serão identificados por um brinco próprio com o número da fazenda constante na BND. Em caso da indústria frigorífica remunerar adequadamente o produtor,  ele providenciará a colocação de um brinco individual nos animais, propiciando desta forma que eles sejam passíveis de ter sua carne exportada para a Comunidade Econômica Europeia ou outros países que exijam a identificação e certificação dos animais.





Fonte: Ascom

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