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Cidades/Geral
Quarta - 20 de Janeiro de 2010 às 07:14
Por: André Michells

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O presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) Teodoro Moreira Lopes, o Dóia, argumenta que 50% das infrações de trânsito são cometidas por apenas 3% dos motoristas, e de forma contumaz. “A maioria, que anda dentro da lei, não tem porque temer os radares”, diz. Ele ressalta que também é preciso deixar claro que toda arrecadação com multas, aplicadas pelo município, é destinada ao município e não ao Governo do Estado.

O presidente do Detran disse que o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos “tem que explicar o que faz com essa arrecadação e o que tem feito para melhorar o trânsito e não atacar o governo e o Detran por quererem preservar vidas”. Segundo ele, ao acusar o governo de enriquecer empresários, quando propõe a instalação de radares, lombadas e câmeras de monitoramento de tráfego nas rodovias estaduais, Santos mostra profundo despreparo em relação ao trânsito e o que é pior, desprezo pela vida.

“Será que o prefeito não sabe que somente em Cuiabá morrem 200 pessoas por ano, vítimas de acidentes de trânsito”? Dóia mostrou números apurados pelo Instituto Médico Legal (IML). Em 2008 foram 198 vitimas, número que deve se repetir em 2009, já que até o fim de novembro eram 174 mortes. Como dezembro é o mês de maior ocorrência de acidentes, com média de 20 mortes, 2009 deve fechar também com cerca de 200 vítimas fatais.

“O que o governo quer e nós do Detran queremos é salvar vidas, não enriquecer empresários. Será que o prefeito já conversou com famílias que perderam entes queridos no trânsito para saber o que pensam sobre a fiscalização eletrônica? Será que ele já perguntou a uma mãe que viu o filho morto no asfalto, coberto por um pano branco, vítima do excesso de velocidade, o que ela pensa sobre os radares? Não existe indústria de multa, o que temos hoje chama-se indústria da impunidade”, avalia.

Para o presidente do Detran, Wilson Santos age de forma demagógica ao atacar o governo e criticar o uso de radares. “Creio que ele acha que por se tratar de uma medida “impopular” vai se desgastar em ano de eleição. Ele já perdeu a oportunidade de fazer no início do primeiro mandato, e agora por pura demagogia brinca com a vida das pessoas. Nós trabalhamos em cima de pesquisas, e a o que as pessoas pedem é que se aumente a fiscalização, então, a medida não seria contra o que pensa a opinião pública”, avalia.






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