Acusado por morte de Celso Daniel pede ao Supremo relaxamento de prisão
A defesa de Marcos Roberto Bispo dos Santos, o Marquinhos --um dos acusados de sequestrar e matar em 2002 o então prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT)--, entrou com um pedido de habeas corpus e relaxamento de prisão no STF (Supremo Tribunal Federal).
Preso desde março de 2002, a defesa alega que Marquinhos está detido há mais de sete anos, quando o prazo legal seria de 81 dias. O argumento é de que ele estaria cumprindo a pena antecipadamente, sem condenação.
A acusação diz que Santos teria sido contratado pelo empresário Sérgio Gomes da Silva --que já havia trabalhado como segurança do prefeito-- para matar o petista.
Na época do caso, Marquinhos chegou a relatar à polícia detalhes do crime. Entretanto, poucos dias depois, disse desconhecer o empresário e os demais acusados do assassinato de Celso Daniel.
O pedido da defesa foi encaminhado ao presidente do STF, ministro Gilmar Mendes. É ele quem responde pelo plantão da Corte durante as férias, que acabam no próximo dia 31.
Mendes poderá despachá-lo ou aguardar o reinício das atividades do tribunal para que seja feita sua distribuição e o relator, então, decida sobre o pedido.
Em janeiro de 2002, o corpo do então prefeito foi encontrado jogado em uma estrada de terra, em Juquitiba (SP), com marcas de tortura e alvejado por oito tiros. Ele havia sido sequestrado há dois dias.
Oito pessoas foram denunciadas pelo crime. Uma delas era um amigo e ex-segurança de Celso Daniel, o empresário Sérgio Gomes da Silva, que estava com o petista no dia em que ele foi sequestrado.
Celso Daniel e Silva haviam jantado em um restaurante em São Paulo e voltavam para Santo André em uma Pajero blindada, conduzida pelo ex-segurança. No caminho, o carro foi interceptado e o prefeito foi levado por sete homens armados.
Em 2006, alguns familiares de Celso Daniel saíram do Brasil e buscaram asilo na Europa. Disseram que vinham sendo vítimas de constantes ameaças de morte por insistirem na resolução do crime.
Com informações do STF
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