MP aciona dirigente da Metamat para se explicar sobre denúncias
O presidente da Companhia Mato-Grossense de Mineração (Metamat), João Justino, se apresenta nesta segunda, às 14h, no Ministério Público para esclarecer denúncias recebidas contra a empresa que integra a estrutura da máquina do estado quanto ao cancelamento de um concurso público, que tinha sido realizado em três etapas entre novembro e dezembro de 2009. Denúncias sustentam que não houve divulgação adequada e que o certame fora feito só para encaixar pessoas que já serviam a Metamat, mas sem concurso. Foram apontadas como "encaixadas" todas cinco pessoas que passaram para o cargo de gestor administrativo: Carlos Eduardo Lima de Oliveira, Alessandra Santos Monteiro da Costa, Rodrigo Luiz Gallio Tenório, Simone Machado de Souza e Carmem Bairzina.
Há suspeitas também de que o certame havia sido cancelado e que o presidente da empresa estaria tentando emplacar aliados nos 23 cargos que deveriam ser preenchidos. A investida ocorre antes do governo do Estado realizar, em três etapas, o maior concurso público do país, com 271 mil inscritos para 10.087 vagas no serviço público.
Justino nega irregularidades. Ele assegura que o concurso não teve problemas e foi realizado de acordo com a lei. “Não fomos inclusos no concurso do Estado porque a Metamat é um órgão de economia mista. Portanto, pode contratar sem realizar esse processo. Mesmo assim, contratamos o Senac para dar esta transparência”. O único problema ocorrido com o concurso, segundo ele, foi que os candidatos não tiveram nível para atingir os pontos necessários. Dessa forma, 3 vagas ficaram pendentes, sendo elas de geólogo, hidrogeólogo e de gestor voltado para portadores de necessidades especiais. Justino diz que tenta fazer uma consulta jurídica para saber se pode chamar quem pontuou menos para os cargos. Os candidatos aprovados serão chamados para tomarem posse até o próximo dia 31.
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