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Segunda - 18 de Janeiro de 2010 às 09:23
Por: Andréa Haddad

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O governo do Estado está tomando tanta precaução para evitar repetir o fiasco na primeira tentativa, em novembro, de realizar o maior concurso público do país que o coordenador do Comitê de Acompanhamento, secretário-chefe da Casa Militar, coronel Alexandre Torres Maia, resolveu convocar policiais militares e do Corpo de Bombeiros para coordenar equipes que vão aplicar as provas nas 161 instituições de ensino. O problema é que esses militares não podem faltar ao expediente de trabalho. Vão receber R$ 400 a cada dia da prova. A primeira etapa do concurso acontece no próximo dia 31. Nesta primeira etapa, 75.131 pessoas concorrem aos dois mil cargos de nível fundamental. As outras provas estão previstas para 21 de fevereiro e 31 de março. São 271 mil inscritos para 10.086 vagas no serviço público.

O comandante-geral da PM, Campos Filho, enviou ofício na última semana aos comandantes regionais em que informa a necessidade de convocação dos policiais. A partir de então, começou uma verdadeira corrida contra o tempo. Cada coordenador é obrigado a apresentar a lista com todos os fiscais até esta semana. Na relação, constam desde faxineiro a profissionais que ficarão dentro das salas de aula.

Há escolas de maior porte, por exemplo, em que há necessidade de 50 fiscais. Cada um receberá R$ 120 por dia de trabalho, enquanto a remuneração prevista para os coordenadores é de R$ 400. Apesar do dinheiro extra, os policiais militares estão apreensivos. Temem imprevistos na aplicação das provas. A responsabilidade é grande e eles não foram dispensados das atribuições diárias. Mesmo assim, devem organizar tudo e entregar a lista de fiscais nesta semana.

Parte da corporação não topou a incumbência num primeiro momento sob alegação de excesso de serviço nos próprios comandos regionais. Os que confirmaram o interesse em trabalhar no concurso ficaram amedrontados depois que passaram por uma palestra em que foram informados sobre a responsabilidade que estavam assumindo. Na presença dos comandantes, os subordinados cochicham entre si, mas dificilmente têm coragem e autonomia suficientes para anunciar a desistência. “Pessoal, isso e muito sério, quem não tem espírito de liderança, quem não tem tempo, quem não quer trabalhar com isso, já fala agora!”, disse um dos comandantes. Acuados, nenhum dos militares ousou desistir. Em verdade, se sentem obrigados a participar.

A súbita convocação dos policiais militares a duas semanas das provas deve-se ao fato da maioria dos funcionários da rede estadual de Educação estar em recesso. Neste período, apenas diretores e secretários das escolas são encontrados. Ao todo, são 162 instituições de ensino, distribuídas em 17 cidades-pólos. Desse montante, 68 estabelecimentos estão localizados na capital e 29 em Várzea Grande.





Fonte: RD News

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