Corpo de militar brasileiro que estava desaparecido foi identificado nesta segunda-feira
Exército brasileiro confirma morte de 16° militar no Haiti
O Comando do Exército informou na manhã desta segunda-feira (18) a morte do tenente-coronel Marcus Vinicius Macêdo Cysneiros, que servia com as forças de paz da ONU no Haiti.
Assim, o número de brasileiros mortos no Haiti sobe para 18, com 16 militares mortos, além da médica Zilda Arns e do diplomata brasileiro que era o número dois das Nações Unidas no país, Luiz Carlos da Costa.
As mortes ocorreram devido a um terremoto de sete graus na escala Richter que devastou a capital do Haiti, Porto Príncipe, além de algumas cidades da região, na última terça-feira (12).
O governo do Haiti confirmou que pelo menos 70 mil pessoas morreram em consequência do terremoto, mas o número deve aumentar conforme as buscas por corpos avançam.
Neste domingo (17), o comandante da ajuda americana no local estimou que o número de mortos deve ultrapassar 200 mil.
Cysneiros estava em Porto Príncipe desempenhando funções de observador militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti, a Minustah, a qual o Brasil lidera.
Lula pede mais ajuda para o Haiti
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta segunda-feira (18) que a solidariedade mundial para com o Haiti, devastado por um terremoto na última terça-feira (12), precisa se converter em recursos financeiros.
Durante o programa de rádio Café com o Presidente, Lula afirmou:
- O mundo todo está sensibilizado. Agora, é preciso transformar essa sensibilidade em ajuda concreta, em dinheiro para que a gente possa reconstruir o Haiti.
O presidente do Brasil disse esperar que a catástrofe no país caribenho sirva para que a comunidade internacional se mobilize para ajudar o país, que é o mais pobre do hemisfério Ocidental:
- O Brasil está já há vários anos reivindicando dinheiro dos países doadores, porque é preciso que a gente resolva o problema do Haiti com mais rapidez, e eu espero que, em função desse terremoto (...), o mundo inteiro resolva colocar dinheiro, para que a gente reconstrua o Haiti e que a gente possa dar uma qualidade de vida digna àquele povo, que foi o primeiro povo do nosso continente a conquistar a sua independência.
Lula falou sobre as doações brasileiras e afirmou que outros países podem colaborar ainda mais:
- O Brasil já colocou US$ 15 milhões (R$ 26,5 milhões) à disposição do Haiti e nós achamos que têm países que podem dar mais. O Banco Mundial já colocou US$ 100 milhões (R$ 177 milhões), também. Agora, é preciso ter uma coordenação para que esse dinheiro chegue para quem precisa e que esse dinheiro possa servir para reconstruir o Haiti.
Luiz Inácio Lula da Silva também destacou o trabalho da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), liderada pelo Brasil, e lembrou dos brasileiros mortos no tremor de terra:
- O Brasil tem um papel muito importante no Haiti porque é o país que coordena as forças militares que dão segurança ao Haiti há cinco anos. (...) Lamentavelmente, nós tivemos a morte de soldados brasileiros, do representante do Brasil na ONU (Luiz Carlos da Costa) e da dona Zilda Arns (fundadora da Pastoral da Criança).
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