Consumo no Brasil é um dos mais caros do mundo

Estrangeiros que chegam ao país e brasileiros que vivem no exterior sentem no bolso o "preço do sucesso" brasileiro. Queridinho da vez dos mercados internacionais e uma das primeiras economias a sair da crise, o Brasil está na moda e cada vez mais caro. O índice Big Mac, criado pela revista The Economist e uma das medidas mais conhecidas de comparação de preços entre países, demonstra isso.

O sanduíche do McDonald"s está custando US$ 4,02 no Brasil, mais caro que nos Estados Unidos (US$ 3,57), no México (US$ 2,39) e na Argentina (US$ 3,0). Só perde para os US$ 4,62 cobrados na Europa. Um levantamento da consultoria Euromonitor, detectou que os preços de vários produtos no país estão entre os mais altos. O papel higiênico brasileiro é um dos mais caros do mundo: US$ 4,4 o quilo, ante US$ 3,8 na França. A consultoria cruzou os dados de tamanho do mercado pelo volume vendido e encontrou um custo médio. No Brasil, a classe C cresceu e ganhou produtos específicos, mais baratos, o que reduz o preço médio. A diferença de custo de vida chama mais a atenção da parcela da população brasileira que viaja ou até vive no exterior. Uma série do Banco Central (BC) - que compara o real com as moedas dos parceiros comerciais -aponta que o câmbio, descontada a inflação, está 1,7% acima do que valia em novembro de 2008.

Por esse critério, o real está 20% acima da média histórica (desde 1988) e apenas 4,4% abaixo de dezembro de 1998 -último mês de câmbio fixo do Plano Real.