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Internacional
Segunda - 18 de Janeiro de 2010 às 06:12

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O grupo Al Qaeda desmentiu que seis de seus dirigentes teriam sido mortos na última sexta-feira (15) em um ataque aéreo no Iêmen, segundo um comunicado publicado nesta segunda-feira (18).

"Nenhum mudjahedine foi morto nesse ataque injusto e insidioso; alguns foram apenas levemente feridos", afirma facção da Al Qaeda em um comunicado publicado numa página jihadista e divulgado pelo SITE (centro americano de vigilância de sites islamitas, na sigla em inglês).

O ataque, que aconteceu na sexta-feira em uma colina de Al Agacher, na região desértica de Hab al Chaaf, entre as províncias de Al Jawf e de Saada (norte), teve como alvo um grupo de oito membros da Al Qaeda. Dois deles sobreviveram e conseguiram fugir, segundo as autoridades.

Fontes oficiais do governo do Iêmen informaram na última sexta-feira que o bombardeio aéreo contra dois carros havia matado ao menos seis supostos militantes da rede terrorista Al Qaeda. Entre os mortos está Qassem al Remi, identificado como chefe militar do braço iemenita e mentor da maior parte das ações da organização terrorista no Iêmen

No sábado (16), o ministério do Interior do Iêmen confirmou a morte do comandante militar da Al Qaeda na Península Arábica, Qassem Al Rimi, e de cinco de seus auxiliares, em um ataque aéreo no norte do país.

Em um comunicado, o ministério identificou cinco dos seis homens mortos e publicou fotos de quatro deles, incluindo um egípcio.

Além de Qassem Al Rimi, no ataque teriam morrido Ammar al Waili, Saleh al Tais, Ayedh al Chabwani e o egípcio Ibrahim Mohamed Saleh al Banna. O sexto morto ainda não foi identificado.

O egípcio morto, identificado na véspera como Abu Aymen Al Masri (um de seus codinomes), é um teórico da Al Qaeda na Península Arábica

Al Rimi era um dos 23 membros da Al Qaeda que em fevereiro de 2006 escaparam da prisão de segurança máxima do estado de Sanaa.

Ele era considerado o principal nome da maioria das operações da Al Qaeda no Iêmen.

O braço da Al Qaeda no Iêmen recebe especial atenção dos EUA desde o último dia 25, dia de Natal, quando o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, 23, que estava no Iêmen, foi para Amsterdã, na Holanda, onde conseguiu embarcar, com explosivos, em um voo com destino a Detroit (EUA). Enquanto tentava acionar os explosivos, o nigeriano acabou contido por outros passageiros, o que impediu que ele explodisse a aeronave, que levava cerca de 300 pessoas.

Em interrogatório, o nigeriano disse que havia recebido as instruções para o ataque frustrado no Iêmen. No sábado (2), o presidente americano, Barack Obama, confirmou que a Al Qaeda do Iêmen estava por trás da ação.

Iêmen

Localizado estrategicamente no sul da Península Arábica, o Iêmen tenta combater a ameaça da Al Qaeda ao mesmo tempo em que uma revolta xiita ocorre no norte e que um movimento separatista agita o sul. O Ocidente e a Arábia Saudita temem que a Al Qaeda aproveite a instabilidade no país para estender suas operações ao país vizinho, maior exportador mundial de petróleo, e mais além. O próprio Iêmen também produz petróleo, mas em pequeno volume.

O Iêmen tem funcionado há anos como base de apoio à Al Qaeda. Militantes atacaram o navio da Marinha americana USS Cole no porto iemenita de Áden em 2000, matando 17 marinheiros dos EUA. E os iemenitas foram um dos maiores grupos que treinaram nos campos da Al Qaeda no Afeganistão antes dos ataques de 11 de setembro de 2001.






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