5 secretários de Cuiabá disputam para deputado e saem com Wilson
Cinco secretários da gestão Wilson Santos estão em pré-campanha a deputado estadual. Eles deixam os cargos junto com o próprio prefeito, que concorrerá pelo PSDB ao governo do Estado. Proporcionalmente, o desfalque no Palácio Alencastro, com uma estrutura de 15 secretarias, fora órgãos, empresas e autarquias vinculadas, será maior por conta do efeito das eleições se comparado às mudanças no Palácio Paiaguás, onde o governador Blairo Maggi renunciará para concorrer ao Senado e, com ele, saem cinco dos 24 membros do primeiro escalão para a corrida às vagas de deputado estadual e/ou federal.
Do staff de Wilson são pré-candidatos Carlos Carlão do Nascimento (Educação), Aparecido Alves (PAC), Jacy Proença (Promoção de Políticas da Igualdade Racial e de Gênero), Euclides Santos (Infraestrutura) e João Emanuel (Agência de Habitação), além do ex-secretário de Cultura Mário Olímpio (PV), hoje na assessoria do prefeito. Pela legislação, eles devem se desincompatibilizar dos cargos no Executivo até 3 de abril, seis meses antes das eleições. Wilson decidiu que renuncia uma semana antes e, junto com ele, se afastam também os cinco prováveis candidatos.
Quem se vê mais livre com esses desfalques é o vice Chico Galindo (PTB), que terá dois anos e oito meses de mandato como prefeito da Capital e deve ampliar o quadro de mudanças no primeiro escalão, já a partir dos que vão sair para as eleições. Carlão é um dos que detêm maior estrutura logística. Além disso, soube aproveitar o fato de estar à frente da maior pasta da máquina municipal para tirar proveito político junto aos servidores. Ele já foi deputado, secretário de Estado de Educação e presidiu o Detran no governo Dante de Oliveira. É do PSDB e em 2006 disputou cadeira na Assembleia e ficou na segunda suplência, com 11.014 votos. Aparecido Alves, o Cido, secretário extraordinário dos projetos do PAC, busca uma "dobradinha" eleitoral com a federal Thelma de Oliveira e enfrenta ciumeira dos demais colegas pré-candidatos, principalmente do PSDB. Cido já atuou como deputado por alguns meses e presidiu o Instituto de Terras do Estado (Intermat), também na gestão Dante.
O ex-prefeito de Poconé Euclides Santos, que vem enfrentando conflitos na Infraestrutura, deve concorrer a deputado. Ele trocou o PMDB pelo PSDB já com esse objetivo. O advogado João Emanuel é do PP, tentou, sem êxito, vaga de vereador em 2008 e ficou na terceira suplência, com 2.320 votos. Agora, sonha com espaço na Assembleia, como deputado. Ex-vice-prefeita do primeiro mandato de Wilson (2005/2008), Jacy pulou do PSDB para o PMDB e vai concorrer às eleições novamente, a exemplo do que vem fazendo nos últimos quatro pleitos. Já foi candidata até a senadora, quando estava no PSB. Com exceção de Mário Olímpio, os demais membros do staff do prefeito Wilson Santos já foram candidatos.
O quociente eleitoral para deputado estadual deve chegar a 64,7 mil votos. Vão estar em jogo 24 cadeiras na Assembleia. Um deputado ganha hoje R$ 15 mil mensais e tem direito à verba de gabinete de até R$ 15 mil e a outros benefícios. Tem a missão de apresentar projetos e outras proposituras e de fiscalizar o Poder Executivo.
No Estado
Já no governo estadual, deixam a administração para se submterem ao teste das urnas o petista Ságuas Moraes (Educação) e o progressista Chico Daltro (Ciência e Tecnologia). Os dois vão a federal. Os demais se movimentam por vaga na Assembleia, sendo eles José Aparecido dos Santos, o Cidinho (Projetos Estratégicos), Neldo Egon (Desenvolvimento Rural) e Baiano Filho (Esportes e Lazer). Todos acumulam experiência na vida pública. Ságuas e Cidinho, por exemplo, foram prefeitos de Juína e Nova Marilândia, respectivamente. Neldo já concorreu a deputado estadual. Baiano foi vereador e perdeu para prefeito de Sinop. Daltro já ocupou cadeira de estadual.
Comentários