Pecuaristas solicitam ao governo redução do ICMS
Os pecuaristas de Mato Grosso, por meio da Associação dos Criadores do Estado (Acrimat), irão solicitar ao governo estadual uma nova redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações relativas a saídas interestaduais de gado em pé para abate, segundo informou o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.
Com a crise e o fechamento de diversas plantas frigoríficas em Mato Grosso durante o ano de 2009, o setor pleiteou um auxílio do governo e conseguiu redução de 7% para 3,5% do imposto, entre os meses de abril e setembro, somente para os municípios da região Nordeste, onde há concentração de produção e muitas plantas fechadas, ficando mais perto e viável ao produtor abater o gado nos estados vizinhos que em outros frigoríficos de Mato Grosso.
A crise nos frigoríficos prejudicou muitos pecuaristas, principalmente os menores, e a situação não está perto de voltar à normalidade, apesar da recuperação de alguns grupos. Por conta disso, Vacari diz que serão mantidas negociações com o governo, no sentido de que se implante novamente o benefício de redução do ICMS, desta vez para o Estado inteiro, não só para uma região específica.
“Isso vai promover uma maior circulação do gado e também vai originar preços mais competitivos. Se o produtor encontrar preços semelhantes para abater seu gado aqui no Estado ou em São Paulo, por exemplo, claro que vai abater aqui”, diz Vacari.
Com a experiência entre abril e setembro, houve um impacto significativo no número de abate para fora do Estado, o que amenizou as pressões para que o preço da carne abaixasse mais ainda.
Segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), os principais destinos dos animais foram Goiás, quando em janeiro do ano passado foram abatidos 265 animais oriundos da região Nordeste de Mato Grosso subindo para 1.403 em julho; Minas Gerais, de 101 cabeças para 1.585, e São Paulo, de 794 bois para 2.927.
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