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Economia
Domingo - 17 de Janeiro de 2010 às 08:45
Por: Steffanie Schmidt

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Tatiane Regina Magri já é esteticista e faz curso de cabeleireira para ampliar área de atuação
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O investimento de R$ 10,613 bilhões feito por empresas que se instalaram no Estado ao longo dos últimos 7 anos, enquadradas no Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic), impulsionou a geração de 97,737 mil empregos diretos e cerca de 295 mil indiretos em Mato Grosso. Toda essa demanda vem gerando uma procura considerada até então tímida por agentes envolvidos no ramo: a dos cursos técnicos de qualificação e capacitação. Ao longo de 2009 foram capacitados 13,958 mil trabalhadores pelas 76 empresas atendidas pelo programa de isenção de impostos fiscais.

O Prodeic é um programa que prevê isenção fiscal às empresas que se instalarem em Mato Grosso e que utilizem matérias-primas ou insumos disponíveis no Estado, além de gerar excedentes exportáveis, preservar o meio ambiente e melhorar o nível tecnológico da atividade desenvolvida. Para o superintendente de Indústria da Secretaria Estadual de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Sérgio Romani, não fossem os incentivos do programa, 90% das atuais 398 empresas que estão inclusas no programa, não se instalariam em Mato Grosso.

"Continuaríamos exportando matéria-prima, que não rende dividendos ao Estado, e não teríamos a constante geração de emprego e renda que observamos". Por conta disso, segundo ele, as empresas vêm buscando parcerias junto às instituições como o Sebrae; Senai; Senac e a Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs), para qualificar o trabalhador. "É uma obrigação da empresa participante do programa qualificar o funcionário, e essa é uma tendência crescente no Estado, por conta das novas indústrias que vêm se instalando na região e exigem mão-de-obra específica".

Exemplo disso, segundo Romani, é a indústria da cadeia do algodão, como a de tecelagem e fiação, que deverá aumentar sua participação no bolo de empresas instaladas no Estado. Desde que começou em 2003, o Prodeic registrou um aumento de quase 400% no número de empresas participantes, com crescimento vertiginoso na geração de empregos, sejam diretos ou indiretos.

Em Mato Grosso, conforme dados da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), 37% dos incentivos concedidos às empresas, são de impostos estaduais. Desse montante, 22% referem-se ao Prodeic. Até o mês de julho, do total aportado no Estado, 92,8% foram de empreendimentos enquadrados no Prodeic, que totalizaram R$ 3,247 bilhões.

A cadeia de investimentos no Estado é tanta, que somente a rede S.O.S Educação Profissional, especializada em cursos de qualificação, traça crescimento de 10% na atuação da marca no Mato Grosso até o final de 2010. "Projetamos uma ampliação maior devido ao autodesenvolvimento do Estado. Por isso, pretendemos desenvolver parcerias para focar a expansão em cidades como Cuiabá, Rondonópolis e Tangará da Serra", informa João Carlos Ferreira, gerente de Expansão do grupo.

De acordo com ele, "no momento, os cursos profissionalizantes são a grande pedida. Os empresários que estão investindo na região exigem maior qualificação na hora de contratar e as pessoas que investem na formação, naturalmente, desenvolvem novas habilidades e competências que garantem contratação imediata, além de salários mais altos". O perfil do público identificado pela empresa em Mato Grosso tem idade entre 14 e 39 anos, e que busca o primeiro emprego, recolocação ou promoção no trabalho atual.

"Também estamos acompanhando de perto o crescimento econômico de Mato Grosso. De acordo com o IBGE, nos últimos 5 anos, foram criadas mais de 100 mil novas empresas no Estado, lideradas pelos setores agropecuário, industrial e de serviços", diz Ferreira. Em Cuiabá, a demanda é por profissionais operadores de sistemas, além de webdesigners e designer gráfico, segundo Sérgio Carvalho Júnior, gerente de Marketing do grupo.

Além disso, Mato Grosso é um Estado brasileiro com volume expressivo nas exportações, com participação significativa na balança comercial, com destaque para os grãos: soja, milho e algodão. O Estado é dono ainda do maior rebanho bovino do Brasil com mais de 26 milhões de cabeças de gado. "Portanto, entendemos que a combinação destes setores gera novos empregos e, consequentemente, melhor distribuição de renda, por isso os profissionais que estiverem mais preparados estarão na frente na conquista de seu emprego", complementa o executivo.





Fonte: A Gazeta

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