Bocas-de-lobo entupidas e meio ambiente agredido por sistema
A instalação do sistema de esgoto dos imóveis nas galerias de água pluviais é outro problema comum, principalmente nas maiores avenidas da cidade. O esgoto é despejado nos canos, que deveriam receber apenas água de chuva, e lançado no rio sem nenhum tratamento. A ação, além de prejudicar o meio ambiente, faz com que as bocas-de-lobo exalem um cheiro ruim, que entra no interior dos estabelecimentos. Para resolver, os comerciantes tampam o local.
Quando começa as chuvas, a água não tem espaço para escoar e a área sofre com inundações.
Os bairros que tem o esgoto ligado a estação de tratamento, tem os resíduos tratados, mas a qualidade é questionável porque os equipamentos são antigos, têm mais de 30 anos, e não são eficientes como os oferecidos atualmente no mercado.
No Santa Isabel, Pedregal, Canjica, Praeiro, Novo Horizonte, Planalto e Bela Vista existe um sistema de captação que chama condominial. O serviço não teve boa aceitação pela população, mas em outros Estados, como o Rio Grande do Norte, fez com que a administração reduzisse os custos de instalação.
No sistema, os canos seguem a topografia do terreno e não são nivelados por escavações. Desta forma, os tubos passam no interior do imóvel e os donos assinam um termo de parceria com a Prefeitura, no qual assumem a manutenção dentro da área particular.
O obstáculo é a troca de proprietário e migração dentro da cidade. As pessoas que compram a área tampam com cimento as caixas, porque dizem não querer a passagem do esgoto do vizinho dentro de casa. A ação entope os dutos.
O engenheiro da Sanecap, Édio Ferraz, explica que o sistema é eficiente e reduz os custos com as escavações e também transtornos à população.
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