PV não definiu apoio majoritário
O Partido Verde (PV) analisa três caminhos possíveis na eleição de 2010: aliança com o PSB, que tem o empresário Mauro Mendes como candidato ao governo; aliança com o PSDB, que pretende lançar o prefeito de Cuiabá, e ainda estuda candidatura própria ao governo do Estado.
O presidente estadual do PV, Roberto Stopa, afirma que a tendência mais forte é de que a sigla lance um candidato ao governo para dar mais força à campanha da senadora Marina Silva, candidata à presidência da República pelo PV. “Temos que dar um palanque eleitoral forte para a Marina Silva aqui em Mato Grosso e a melhor maneira de fazer isso é ter representação, ter candidato ao governo”.
O engenheiro agrônomo e produtor rural de Nova Mutum, região norte de Mato Grosso, Naildo Silva Lopes, assumiria a missão de encarar a corrida ao Palácio Paiaguás. Ele já ocupou uma cadeira de deputado estadual, num sistema de rodízio. Como era suplente de deputado, assumiu na vaga do João Malheiros. Hoje ele faz parte da diretoria da Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso. A maior parte do recurso para essa empreitada será proveniente do diretório nacional da legenda.
Apesar de defender a candidatura própria, Stopa assume que o PV tem conversando com o PSB e PSDB. Nas eleições de 2008, a sigla apoiou Wilson Santos na reeleição à prefeitura de Cuiabá. A legenda ocupava duas secretarias no staff cuiabano. Com a saída de Mário Olímpio (PV) da pasta de Cultura no final do ano passado, o partido é representado por Archimedes Pereira Lima na Secretaria de Meio Ambiente da Capital. “Como apoiamos o Wilson é natural que agora, numa candidatura dele, nós tenhamos diálogo aberto com ele”, explica Stopa.
Na ideia de uma candidatura própria ao governo, o PV espera a filiação do procurador da República Paulo Taques para compor a majoritária, sendo candidato ao Senado. Considerado um nome forte para as eleições, Taques também é cortejado pelo PDT e PC do B.
Taques foi procurador da República em Mato Grosso por 10 anos e há cinco está lotado em Estado de São Paulo. Enquanto membro do MPF no Estado, foi um dos principais articuladores da Operação Arca de Noé, que levou à prisão do bicheiro João Arcanjo Ribeiro, um dos chefes do crime organizado em Mato Grosso. “Ele não esconde que também conversa com outros partidos, mas nós vamos esperar seu posicionamento. Ele nos pediu prazo até 28 de fevereiro para dar uma resposta”, afirmou Stopa.
Segundo o dirigente, uma das principais metas do partido é eleger um deputado estadual. “Teremos de sete a oito candidatos. Queremos um representante na Assembleia para quebrar essa visão de desenvolvimento que existe no Estado e lutar por políticas de desenvolvimento sustentável”.
Entre os nomes que irão concorrer a deputado estadual está o ex-secretário de Cultura de Cuiabá, Mário Olímpio. Para deputado federal, bailam os nomes do candidato a prefeito de Sinop na última eleição, Paulo Fiúza, e o médico Jorge Lafetá, conhecido por tratar de políticos famosos, como o prefeito de Várzea Grande Murilo Domingos e o governador e a primeira-dama do Estado.
Hoje, a sigla tem mais de oito mil filiados em todo o Estado, possuindo 24 vereadores, um prefeito e um vice-prefeito.
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