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Economia
Sábado - 16 de Janeiro de 2010 às 01:41
Por: Marianna Peres

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Depois do turbilhão na economia nacional, expectativas para 2010 provam que pessimismo ficou para tráz
Depois do turbilhão na economia nacional, expectativas para 2010 provam que pessimismo ficou para tráz

Se o pessimismo causa retrações nos negócios, ao inibir iniciativas, o otimismo deverá gerar investimos e mais frentes de trabalho no Estado. Pelo menos esta é a expectativa reportada pelo Departamento de Pesquisas Econômicas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio/MT), que divulgou ontem as perspectivas dos empresários estaduais em relação ao primeiro semestre deste ano. Oitenta por cento dos entrevistados acreditam que haverá crescimento econômico no país.

O percentual é idêntico ao aferido em igual pesquisa aplicada no segundo semestre do ano passado e é o segundo melhor resultado da série histórica da Fecomércio, iniciada em 2004. A melhor expectativa foi registrada no segundo semestre de 2008 – antes da eclosão da crise financeira mundial – quando 81% disseram sim ao crescimento econômico nacional. Já numa análise anual, o otimismo dos empresários supera em 29 pontos percentuais o resultado da pesquisa para o início de 2009, quando apenas 51% disseram sim.

Regionalizando a mesma pergunta, a expectativa de crescimento no Estado apresenta leve recuo. Para os próximos seis meses, 83% dos entrevistados acreditam em expansão, contra 86% da pesquisa que avaliou as tendências do segundo semestre de 2009. Também na análise histórica, este é a segunda melhor projeção. A entidade ouviu 250 empresários do comércio e 150 de serviços, da capital e de 14 municípios mato-grossenses.

EMPREGOS - Em relação às perspectivas sobre a geração de emprego, o resultado apurado também é recorde na séria histórica: 43% dos entrevistados creem no aumento da oferta de vagas para os próximos seis meses. Esse percentual está muito acima do registrado nas sondagens do primeiro semestre de 2009 e do segundo semestre de 2009, quando a expansão era atribuída a 31% e 13% dos entrevistados, respectivamente. Outros 19% apostam na redução e 38% na estabilização do mercado formal até junho.

O resultado satisfatório também se legitima pelo número do balanço econômico feito pela Fecomércio/MT no que diz respeito a aumento da oferta no mercado de trabalho, com 8,6 mil novas colocações.

ANÁLISE - O bom resultado da sondagem foi atribuído, pelo presidente da Fecomércio/MT, Pedro Nadaf, ao fato dos empresários estarem mais seguros em relação aos rumos da economia.

“Vivíamos no primeiro semestre de 2009 sob um clima de crise internacional. Os empresários estavam cautelosos, o que era natural. Ocorre que, em detrimento ao resultado obtido no cômputo geral do ano passado, as opiniões, já no segundo semestre, estavam mais favoráveis, praticamente equilibradas em relação a esta última pesquisa, devido à boa performance econômica brasileira”, disse Nadaf, lembrando que Mato Grosso teve mais moeda circulante no mercado devido à manutenção da sua produção agrícola e à expansão da industrialização, o que trouxe reflexos para o comércio, além de ter impulsionado o seu Produto Interno Bruto (PIB).

Nadaf lembrou que o resultado surpreendente das vendas do setor, que cresceram 11,43%, legitima o aumento das opiniões favoráveis, sendo que a previsão da entidade era de que ficaria entre 6% a 8%. “O quadro de pessimismo, felizmente, havia se revertido ainda no segundo semestre de 2009, como mostram os números elevados dos otimistas, ficando entre os maiores desde 2004”.

INTENÇÃO - Esta pesquisa foi realizada no meio empresarial e tem como objetivo coletar a expectativa do setor produtivo para as tendências dos mercados brasileiro e mato-grossense neste primeiro semestre de 2010. Semestralmente, com coletadas as informações de opinião referentes à macroeconomia nacional e estadual junto ao comércio e prestadores de serviços.






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