Jaime Campos decide ser pré-candidato ao governo e muda cenário político
Decisão de senador pode levar disputa para 2º turno
A decisão do senador democrata Jaime Campos em assumir sua pré-candidatura elevando para quatro os nomes de possíveis candidatos a sucessão do governador Blairo Maggi, praticamente remete à disputa para um segundo turno, pois, por se tratarem de candidatos de grandes partidos e com densidade eleitoral, dificulta a disputa e tende a dividir os eleitores.
Silval Barbosa (PMDB); Wilson Santos (PSDB), Mauro Mendes (PSB) e Jaime Campos (DEM) podem protagonizar uma das disputas mais acirradas pelo governo do Estado. Em eleições anteriores até que houve disputas, mas sempre polarizadas entre dois nomes e em alguns casos com franco favoritismo para um deles, o que não deverá acontecer no pleito deste ano.
O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), que evitou tratar publicamente da posição do senador Jaime Campos em assumir a candidatura, assinalou que aguarda apenas o resultado de uma pesquisa que irá a campo em fevereiro para decidir quem será o nome da coligação DEM/PSDB, preferindo manter o entendimento e o acordo já costurado em nível nacional e que poderá se repetir em Mato Grosso.
A disputa dificilmente se polarizará, justamente por causa do governador Blairo Maggi (PR), candidato a uma das duas vagas para o Senado e que segundo as pesquisas até o momento tem amplas chances de se eleger e também ajudar muito o seu candidato, o vice-governador Silval Barbosa (PMDB) que terá ainda a chance de disputar as eleições sentado na cadeira de Chefe do Poder Executivo Estadual, um plus altamente favorável em qualquer disputa.
Além de Blairo, apenas o senador Jaime Campos tem fôlego no interior para capitanear votos, tanto é que em 2006, candidato ao Senado, ele obteve quase 800 mil votos. Por isso Jaime é tão importante como aliado do PSDB que se desmantelou no interior do Estado, perdeu força e representatividade e teve resultados pífios nas últimas disputas. Fora isso, o Democratas tem cerca de 20 prefeitos, filiados, representatividade em todos os 141 municípios e um histórico de votos representativos na disputa eleitoral.
Já com relação ao prefeito Wilson Santos (PSDB), depois de demonstrar força política no primeiro mandato, e ter sido reforçado com sua reeleição em 2008, perdeu fôlego e capacidade de articulação política por causa de crises instaladas em setores essenciais como a saúde pública. Mesmo assim, ainda no interior de Mato Grosso é cultuada a figura de que Santos realiza uma grande administração em Cuiabá.
Só que o tucano tem em seu encalço um duro adversário: Mauro Mendes (PSB). que disputou e levou para o segundo turno as eleições em Cuiabá e hoje detém discurso de sobra para cobrar as promessas que Santos fez para se reeleger, sendo a primeira de que não iria deixar a administração municipal para concorrer ao governo. Fora isso, Mendes pode ainda se tornar o grande "azarão" da disputa ao assumir a posição de empresário de sucesso, ávido por trabalhar, com uma visão moderna e voltada para a qualidade de vida do cidadão e o crescimento econômico do Estado gerando emprego, renda e prosperidade, discurso que em duas eleições garantiu vitória ao hoje governador Blairo Maggi.
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