O texto já foi aprovado em primeira no final dos trabalhos legislativos de 2009
Deputados devem avaliar este ano a criação do Dia do Pantanal

Patrimônio ecológico brasileiro, o Pantanal Mato-Grossense terá uma data especifica para ser comemorado. O dia escolhido é 12 de novembro. O projeto de lei 556/09, que trata desse assunto, foi aprovado em primeira votação no Parlamento estadual e está entre os que estão aptos a terem sua tramitação concluída na Casa, após o recesso parlamentar.

De acordo com autor da matéria, o deputado e primeiro-secretário, Sérgio Ricardo (PR), a proposta tem o objetivo de estimular a população a preservar o Pantanal Mato-Grossense, que ocupa 1,8% do território nacional.

“O Pantanal é uma área de transição entre o Cerrado e a Amazônia brasileira, por isso desperta o interesse dos mato-grossenses por causa da riqueza natural desse ecossistema. Por isso, a preservação e a conservação desse patrimônio ecológico são imprescindíveis para o desenvolvimento sustentável da região”, afirmou Sérgio Ricardo.

Considerado pela Unesco Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera, o Pantanal está localizado a sudoeste de Mato Grosso, a oeste de Mato Grosso do Sul, e parte no Paraguai e na Bolívia.

Na região predomina um alto índice pluviométrico. A flora, com predominância típica de plantas de brejo, tem em sua constituição espécies como: buriti, manduvi e carandá. Nesse ecossistema também é possível observar a caracterização entremeada da vegetação de cerrado, campos e florestas.

De acordo com a justificativa do projeto, a região possui uma biodiversidade faunística, apenas, superada pela existente na Amazônia, mas com maior número de indivíduos por espécies. São mais de 650 espécies de aves, 80 de tipos mamíferos, 260 de peixes e 50 de répteis. Além da grande diversidade de insetos.

Nos últimos 20 anos, segundo Sérgio Ricardo, essa riqueza biológica natural tem sido ameaçada pela crescente expansão agrícola e urbana. Principalmente em áreas que deveriam ser preservadas. “Hoje temos um quadro degradante de poluição, atingindo as nascentes e comprometendo a existência de animais e vegetais”, observou o parlamentar.