Vice vai conduzir o governo e deve ser pressionado em dar cargos para "velha guarda"
Silval diz que pouco vai mudar e sofre pressão
O vice-governador Silval Barbosa (PMDB) não deverá promover grandes alterações no atual secretariado do governo Blairo Maggi (PR), a não ser no caso daqueles que deixam o staff com a intenção de disputar as eleições de 2010 e estão ilegalmente impossibilitados de permanecerem nos cargos do Executivo. A decisão, que tem desagrado alguns setores do seu partido, já estaria tomada e comunicada pelo próprio vice e futuro governador do Estado aos principais dirigentes partidários.
Mesmo com a decisão já anunciada do governador Blairo Maggi (PR) de desincompatibilizar e juntamente demitir todos os seus secretários e secretários-adjuntos no dia 30 de março, Silval Barbosa entende que em time que está ganhando não se mexe e permanecerá com a grande maioria dos auxiliares para evitar soluções de continuidade e para dar ao novo governo que se inicia em abril, agilidade, rapidez e entrosamento nas decisões, nas obras e ações já em andamento.
"Temos um tempo certo de mandato e queremos que a sociedade nos dê mais uma chance de continuarmos este grande governo de realizações e avanços. Tenho certeza de que a sociedade irá comparar os governos anteriores com o atual e ver tudo que foi feito", disse recentemente o vice-governador que evita falar a respeito de composição de governo, assunto tratado no decorrer dessa semana com o governador Blairo Maggi e com alguns assessores mais próximos.
Um peemedebista, que é próximo de Silval Barbosa, reconheceu que existe pressão de setores do partido para a composição de um futuro secretariado, principalmente no que diz respeito as secretarias de maior peso político, mas lembrou que a decisão final será do vice-governador que, além de liberdade de decisão para escolha de eventuais nomes, terá a unanimidade do partido em torno de sua candidatura ao Governo do Estado e pela governabilidade de Mato Grosso durante seu mandato que totalizará 9 meses.
Desde 1990 quando deixou o governo do Estado com Carlos Bezerra e Edson de Freitas (governador e vice), os peemedebistas tentam a cada pleito retornar ao poder, mas sem sucesso, tanto é que as participações do partido, a exceção de 2006 quando Silval Barbosa se elegeu vice-governador na reeleição de Blairo Maggi, foram de mero coadjuvantes e sem expressividade política, mesmo sendo um dos maiores partidos do país e consequentemente de Mato Grosso.
Sem nomes novos na política, como a grande maioria dos partidos, o PMDB de Silval Barbosa não é o mesmo de antes, quando Carlos Bezerra foi governador e os seis meses de gestão até outubro quando acontecem as eleições de 2010 serão fundamentais para ele consolidar ou não suas pretensões de governar Mato Grosso por um mandato de quatro anos avalizado pela maioria do voto popular.
Pesquisas de avaliação e intenção de votos do próprio partido, o PMDB, indicariam que um dos mais importantes atributos que o candidato Silval Barbosa tem perante a população é o fato de fazer parte de uma administração realizadora e muito bem avaliada, o que estaria permitindo a ele crescer com consistência, que atinge patamares em nível estadual e municipal que eram esperados apenas para o primeiro semestre de 2010 segundo o planejamento de pré-campanha eleitoral.
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