Percival Muniz (PPS), mesmo com experiência na vida pública, segue caminho de Otaviano Pivetta (PDT) de não concorrer a novo mandato
Desiludidos, Muniz e Pivetta desistem da AL
O empresário, ex-prefeito de Lucas do Rio Verde por dois mandatos e deputado Otaviano Pivetta, presidente estadual do PDT, se mostra desiludido com a vida pública. Neste primeiro mandato na Assembleia, tentou romper o chamado "sistema", marcado por acordos espúrios e conchaves, e não conseguiu. Ficou isolado. Decidiu, então, não buscar a reeleição. Na esteira vem Percival Muniz, dirigente do PPS no Estado, ex-deputado federal e ex-prefeito de Rondonópolis por dois mandatos. Mais experiente na política e matreiro, Muniz se articula de todos os lados, mas também deve seguir o caminho de Pivetta, ou seja, não concorrer a cargo eletivo. São dois líderes que não farão parte da próxima legislatura.
Os pedetistas até que incentivam Pivetta e encarar projeto majoritário, a senador ou a governador. Em reunião da Executiva, fizeram apelo e deram total autonomia a ele para decidir o rumo da legenda. O deputado resiste. Sua esperança é que o grupo dos nove pequenos partidos (PSB, PPS, PDT, PRTB, PV, PRB, PMN, PSC e PC do B) consiga se consolidar em torno da pré-candidatura do empresário Mauro Mendes ao Paiaguás. Mendes trocou o PR pelo PSB na esperança de se tornar espécie de terceira via. Outra expectativa de Pivetta e atrair para o PDT o procurador da República Pedro Taques, que hoje atua em São Paulo e está em pre-campanha ao Senado. Assim, o dirigente pedetista transferiria missão para Mendes e Taques para assistir, à distância, o confronto eleitoral de outubro.
Ex-caminhoneiro, Pivetta persegue o título de maior produtor nacional de grãos. Seu império em torno do Grupo Vanguarda do Brasil supera a 330 mil hectares plantados, com mais de US$ 350 milhões de faturamento anual. Percival Muniz também cresce como pecuarista. Caminho para ser o rei do gado. Eles concluíram que não vale a pena continuar na Assembleia, sob desgaste por seguida ordens do Executivo, seguindo a trilha de caititus, como definiu o próprio Muniz. Dos 24 deputados, somente Muniz e Pivetta não devem concorrer à reeleição, enquanto Mauro Savi (PR) trabalha projeto a deputado federal. Os demais querem continuar no Legislativo.
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