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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Terça - 12 de Janeiro de 2010 às 09:49

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Uma rápida análise dos documentos e gravações telefônicas que comprovam que a jovem Lauren Mayá Portella, 19 anos, tramou o assalto contra a própria mãe, foi o suficiente para que o pai da menina, um procurador da República, mudasse de opinião sobre o envolvimento dela com o crime.

Certo da inocência de Lauren, ele esteve sexta-feira na Delegacia de Roubos de Furtos (DRF) para tentar livrá-la da prisão. Mas, após examinar o inquérito que também aponta Lauren como integrante de uma quadrilha especializada em sequestrar gerentes de bancos, o procurador adotou nova tática de defesa. "Como viu que as provas contra ela (Lauren) são bastante consistentes, ele passou a alegar que ela estaria agindo sob influência do namorado (Marcos Vinícius Almeida), o que está totalmente descartado", garantiu o delegado Roberto Gomes Nunes.

Responsável pelas investigações, o policial destaca a frieza e o poder de persuasão da menina, verificados durante as gravações telefônicas. "As escutas mostram que ela é uma pessoa muito articulada e instruída. E que sabia exatamente o que estava fazendo", afirmou o delegado, que espera prender o casal nas próximas horas.

Equipes da DRF estão nas ruas, à caça de Lauren e Marcos Vinícius, que podem ter participado de outros crimes. Para a polícia, além de ser um dos líderes do bando, o rapaz também seria o responsável por lavar o dinheiro adquirido pela quadrilha com o pagamento de resgates.

"As investigações mostram que ele levava uma vida incompatível com o salário que ganhava como funcionário de uma distribuidora de bebidas, de aproximadamente R$ 600", contou o delegado, que destacou a existência de uma moto Falcon e até um carro importado em nome de Vinícius.

Muito abalada, a mãe da jovem, que é professora da universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), está sendo consolada por parentes. Procurada por O DIA, ela preferiu não dar entrevistas ontem.

Na Prefeitura de Mesquita, onde Lauren era estagiária na Procuradoria, o clima ainda é de surpresa e decepção entre os funcionários. Ela trabalhava na prefeitura há cerca de dois anos e começou o estágio sem remuneração. "Depois, devido ao bom desempenho, passou a receber cerca de R$ 500", contou um funcionário, que lembra ter visto duas vezes o namorado buscando e levando a jovem em um Audi preto.





Fonte: O Dia

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