Países determinaram mais restrições e medidas de segurança rigorosas. Veja como elas afetam o seu voo
Novas regras nos aeroportos: o que você precisa saber
Saia com mais antecedência para o aeroporto. E, se for fazer conexão, programe um intervalo maior entre a chegada de um voo e a partida do próximo. Embora as empresas aéreas afirmem que está tudo normal, as filas nos aeroportos ganharam vários metros de extensão desde 25 de dezembro, quando o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, de 23 anos, tentou detonar explosivos que levava na cueca em um voo que vinha de Amsterdã e se preparava para aterrissar em Detroit, nos Estados Unidos.
O episódio trouxe o terrorismo de volta ao centro da discussão sobre segurança aérea. A Transportation Security Administration (TSA), órgão norte-americano que regula o assunto, elaborou uma "lista de risco" - composta por Afeganistão, Arábia Saudita, Argélia, Cuba, Iêmen, Irã, Iraque, Líbano, Líbia, Nigéria, Paquistão, Síria, Somália e Sudão - e divulgou medidas para aumentar a fiscalização nos voos com destino aos Estados Unidos. A Europa entrou no debate com os polêmicos scanners corporais e até o Brasil endureceu as regras.
De presentes de Natal abertos a até duas horas de revista pessoal, as medidas alteraram bastante a vida dos viajantes. Conheça as cinco grandes mudanças e prepare-se para encará-las (com bom humor, se possível) na sua próxima viagem.
1 - Scanner corporal: os equipamentos serão instalados em aeroportos nos Estados Unidos - o passageiro que se recusar a passar por eles será submetido a uma revista corporal mais rigorosa. Os seguintes aeroportos também confirmaram a instalação: Manchester e Heathrow (Inglaterra), Orly e Charles de Gaule (Paris, França), Milão, Veneza e Roma (Itália), Toronto, Vancouver e Montreal (Canadá), e Lagos (Nigéria). Em Amsterdã, o Aeroporto Schipol já fez testes com o scanner. A Alemanha avalia a necessidade de implementar o equipamento, assim como o Brasil, de acordo com a Anac. O aparelho gera polêmica porque expõe as formas do corpo do passageiro.
2 - Revista pessoal: nos aeroportos do Brasil e da Europa, todos os passageiros são revistados com o bastão detector de metais, mesmo depois de passar sob o portal com a mesma função. Nos Estados Unidos, estão obrigados a passar pela revista corporal todos os viajantes com passaporte de um dos 14 países da "lista de risco", além daqueles cujo voo teve origem ou passou por esses lugares no trajeto. Controladores podem revistar também qualquer passageiro considerado suspeito, independentemente da origem do voo.
3 - Bagagem de mão: depois de escaneada, passa por vistoria minuciosa antes do embarque nos aeroportos dos Estados Unidos (que está dando mais atenção aos passageiros dos países da "lista de risco"), Europa e Brasil. No Heathrow, em Londres, a orientação é para que cada pessoa carregue apenas uma bagagem de mão.
4 - Reapresentação de documento: além de se identificar no check-in, o passageiro será obrigado a mostrar o passaporte no momento de entrar no avião. A partir de março, aeroportos brasileiros também passarão a exigir a apresentação de documento com foto no momento de entrar na aeronave - medida que havia sido decidida antes do episódio envolvendo o nigeriano.
5 - Durante o voo: a tripulação está proibida de informar aos passageiros a posição da aeronave dentro do espaço aéreo dos Estados Unidos. Na última hora do voo, o comandante decide se os passageiros podem levantar da poltrona, usar cobertores, travesseiros, aparelhos eletrônicos (como celulares e computadores) e ter acesso ao compartimento de bagagem de mão.
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