Dividido em "gangues", Corinthians aposta em Ronaldo
O elenco corintiano bem que tenta disfarçar, mas é nítida a expectativa criada em torno da disputa pelo título da Libertadores em 2010, ano do centenário do clube. Cada um tem sua maneira de enxergar a situação, mas um fato é quase unânime: a aposta em jogadores predestinados e acostumados a vencer tudo que disputam. Estamos falando, é claro, de Ronaldo.
"Sempre vem na minha cabeça que o Ronaldo vai decidir a Libertadores para a gente", disse o volante Marcelo Mattos, que esteve na equipe derrotada diante do River Plate na competição em 2006. Para ele, o grupo mais experiente de agora ajudará, mas a pressão não será menor. Pelo contrário. "A cobrança vai ser maior que em 2006. Estamos cientes disso", declarou.
Para o estreante em Libertadores Matías Defederico, a expectativa é alta, principalmente por poder atuar ao lado de ídolos, como Ronaldo e Roberto Carlos. Segundo ele, disputar a "competição mais dura da América" com esses jogadores é uma honra.
"Estar aqui com Ronaldo e Roberto Carlos é um sonho. Dividir o vestiário com eles. Conto para os meus amigos e é incrível. O Roberto foi o maior lateral esquerdo que eu vi jogar", comentou.
O clima de brincadeiras no Corinthians também parece ser um fator que pesa para que os jogadores controlem a ansiedade e a disputa por uma vaga no time. Para Marcelo Mattos, as "gangues" animam os dias solitários em Itu, cidade do interior paulista em que o time faz pré-temporada.
"Tem até gangue aqui. Tem a gangue do Júlio (goleiro), do Dentinho. O ambiente é muito bom e os jogadores que chegaram agora já estão se entrosando", declarou, completando que não faz parte de nenhuma "gangue" e que gosta de passar o tempo mais tranquilo em seu quarto de concentração.
Confiante no grupo, Defederico confessou que foi vítima de uma dessas "gangues" assim que chegou ao clube, no ano passado. Tudo por causa da cor de sua cueca, que ele preferiu não divulgar à imprensa. "Eu estava com uma cueca de certa cor e quando vi ela estava pendurada e rasgada no teto do vestiário. Voltei sem cueca para casa", contou.
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