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Agronegócios
Segunda - 11 de Janeiro de 2010 às 02:02
Por: Elaine Perassoli

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Em plena colheita das variedades precoce, o tempo chuvoso atrapalha, além de comprometer o combate à ferrugem
Em plena colheita das variedades precoce, o tempo chuvoso atrapalha, além de comprometer o combate à ferrugem

Nem mesmo o dia 1 de janeiro é de folga para os sojicultores mato-grossenses. Eles começam o ano com muitas preocupações e, principalmente com muito trabalho. Combate à ferrugem e atenção redobrada no tempo. A previsão para esta semana é de chuva, o que compromete ainda mais o combate à ferrugem asiática. Mesmo assim, eles não perdem o otimismo e têm a expectativa de bons negócios para este ano.

Em Mato Grosso a colheita da soja com ciclo normal começa no início de fevereiro, mas as variedades precoces e super precoces já estão sendo colhidas há mais ou menos 15 dias. O primeiro município a colocar as máquinas no campo foi Lucas do Rio Verde, cumprindo a tradição dos últimos anos. Campo Verde, Primavera do Leste, Sorriso e Rondonópolis também estão colhendo.

Sempre de olho na previsão de tempo, o produtor de Lucas do Rio Verde, José Ferreira da Costa, conta que aproveitou o primeiro dia do ano para colher e só desliga as máquina quando a chuva cai. "Não se pode perder tempo. A meta é aproveitar a estiagem para aumentar o percentual de área colhida". Lucas é um dos maiores produtores de grãos do Mato Grosso e, este ano, tem 242 mil hectares plantados. O produtor explica que a colheita só pode ser feita durante o dia, porque com o cair da noite a umidade relativa do ar aumenta comprometendo o trabalho.

O empresário, produtor e prefeito de Lucas do Rio Verde, Marino José Franz explica que 25% da área plantada com soja no município é ocupada por variedades precoce e super precoce. "Que será colhida em janeiro independente da chuva. Caso contrário apodrece na campo e o prejuízo é grande. "Nesta época, cada produtor precisa avaliar a situação de sua lavoura individualmente e fazer o que é melhor".

Em Campo Novo dos Parecis choveu aproximadamente 180 mm nos últimos dias. Isso preocupa um pouco o presidente do Sindicato Rural, Antônio de La Bandeira. Ele diz que a estiagem da semana passada possibilitou o avanço da colheita das variedades precoce e super precoce, mas que a previsão de chuvas para os próximos dias preocupa com relação ao combate da ferrugem. "A doença ainda não causou grandes prejuízos em nossa região porque o monitoramento é constante".

José Franz conta que tudo o que está sendo colhido é vendido. O preço médio é de US$ 18 a saca. Segundo ele, o preço esteve bem melhor em novembro quando a saca era negociada por até US$ 21. "Quem puder guardar o produto para vender na entressafra terá mais lucro". O valor atual, na opinião do produtor, cobre apenas os custos de produção.

Assim como José Franz, o produtor Aurélio Silva Ribeiro também está otimista com a comercialização da safra 2009/2010. Ele colheu 50% da área plantada com variedade precoce e super precoce e já vendeu tudo.





Fonte: A Gazeta

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