Mulher que achou bebê sonhou um dia antes que ganharia uma criança
O destino às vezes nos prega algumas peças. Jane Moraes Danelichen é uma das mulheres que encontrou o bebê abandonado pela mãe neste sábado (9) numa caixa de papelão no condomínio Villas Lobos, em Cuiabá, e não sai do lado da criança no box de emergência do Pronto-Socorro.
A preocupação com a criança não é a toa. A filha dela, Miriane Moraes Danelichen, conta que a mãe sonhou um dia antes que ganharia um bebê e lhe chamava de mãe. Sem sombra de dúvida, Jane nem imaginava que isto fosse realmente acontecer, mas na manhã seguinte lá estava a criança e o sonho começava se tornar realidade.
A menina nasceu de sete meses e ainda necessita de atendimento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e precisará ficar internada por mais alguns dias. O Conselho Tutelar de Cuiabá entrou em contato com o Ministério Público para intervir junto à Justiça para conseguir uma vaga na UTI. A menina pesa apenas 1,6 quilo e o quadro de saúde é estável.
A criança foi encontrada numa caixa de papelão com o cordão umbilical e a placenta. Ela recebeu os primeiros atendimentos na Policlínica do Verdão e foi encaminhada para o hospital. Segundo o hospital, pelo fato de a criança ter nascido prematura, ela precisa de cuidados especiais. A menina já recebeu o nome de Maria Vitória pelos moradores da casa onde foi encontrada.
"Minha mãe contou esse sonho para nós no dia anterior. Deus já estava nos preparando para o que ia acontecer. Nós queremos o bebê e iremos lutar para ter a guarda da criança, pois ela foi um presente de Deus dado para nós. Não importa se ela tenha alguma doença ou não", disse Miriane Danelichen em entrevista ao site Terra.
Miriane diz que a mãe não entendia o sonho, pois já não tem mais idade para ter crianças. "Ela já está muito apegada a essa criança. Ao pegá-la no colo disse que seu nome seria Maria Vitória", afirmou.
A outra filha, Luciula Moraes Danelichen, 22 anos, conta que foi ela que encontrou primeiro a criança numa caixa de sapatos de papelão e chamou pela mãe. "Eu abri o portão para o meu irmão entrar e quando cheguei perto vi uma caixinha de sapato com ela dentro. Eu comecei a chamar pela minha mãe para me ajudar. Ela (Jane) viu a criança e já pegou no colo", diz Luciula.
Miriane Danelichen afirma que a família pensou em levar a criança para um hospital particular e depois dar a entrada na documentação para pedir a guarda. "Nós resolvemos mudar de ideia e resolvemos fazer tudo corretamente como manda a lei. Todos estamos loucos por ela. A mãe que deixou lá em casa sabia que a gente iria cuidar bem, pois somos conhecidos no condomínio. A gente ganhou a Maria Vitória e não queremos que ela vá para a fila da adoção. Resolvemos levar ela no hospital para ver se está saudável ou se não tem alguma doença. E mesmo que ela tenha alguma doença, por pior que seja, nós a queremos", contou.
Miriane Danelichen diz emocionada que na casa a Maria Vitória seria a terceira com o nome de Maria. Ela tem uma filha com oito anos com o nome de Maria Eduarda e o seu irmão também tem uma filha com o nome de Maria Helena.
As informações acima são do Portal Terra.
Comentários