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Esportes
Sábado - 09 de Janeiro de 2010 às 15:33

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Temerosos por conta do atentado contra a seleção do Togo, que matou ao menos três pessoas, clubes europeus solicitaram o retorno de seus jogadores africanos que devem disputar a Copa Africana de Nações nos próximos dias. Neste sábado, a seleção togolesa decidiu abandonar a competição.

O atacante Emmanuel Adebayor, principal jogador da equipe, irá retornar à Inglaterra, onde atua pelo Manchester City, anunciou o clube neste sábado. "Ele está vindo da Angola, mas não temos certeza de onde seu voo irá sair", afirmou Simon Heggie, porta-voz da equipe inglesa.

Moustapha Salifou, meio-campista do também inglês Aston Villa, afirmou que a seleção de Togo decidiu que não quer jogar: "tomamos nossa decisão como jogadores. Não podemos jogar sob estas circunstâncias e queremos ir para casa hoje".

O efeito do atentado levou clubes europeus a solicitarem o retorno de seus atletas que disputarão a Copa Africana das Nações --mesmo os que não são da seleção de Togo.

A Udinese, da Itália, pediu à federação de Gana "o retorno imediato" do meio-campista Kwadwo Asamoah, que também está em Angola com sua seleção, através de um comunicado oficial.

Já o Hull City, da Inglaterra, reclama o regresso do nigeriano Seyi Olofinjana e de Daniel Cousin, do Gabão. "Não podemos correr nenhum risco com nossos jogadores, dirigentes e fãs. É totalmente inaceitável", disse o técnico do Hull, Phil Brown, ao tabloide inglês "The Sun".

O Tottenham foi mais radical: Harry Redknapp, treinador da equipe, pediu a anulação da competição. "Não podemos ficar esperando o próximo tiroteio sem fazer nada", falou.

O atentado

Nesta sexta-feira, o ônibus que levava a delegação do Togo foi metralhado quando cruzava a fronteira entre Congo (Brazzaville) e Angola, perto da região de Cabinda. Até ontem, havia sido confirmada a morte do motorista, além de nove pessoas feridas, entre jogadores e integrantes da comissão técnica.

O braço armado do grupo separatista da FLEC (Frente de Libertação do Enclave de Cabinda), que luta pela separação desse território do resto da Angola, reivindicou a autoria do atentado e afirmou que dirigiu o ataque às forças armadas de Angola que faziam a escolta do ônibus.

Representantes do torneio se reunirão para tentar proporcionar a segurança dos atletas que disputam a competição, que, segundo eles, não será cancelada.
 






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