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Economia
Sexta - 08 de Janeiro de 2010 às 08:42
Por: Marcondes Maciel

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No balanço geral de vendas, Cuiabá é destaque pela expansão de 8,49%, contra uma retração de quase 6% no Estado
No balanço geral de vendas, Cuiabá é destaque pela expansão de 8,49%, contra uma retração de quase 6% no Estado
Se o Brasil teve em 2009 o melhor ano da história para vendas de veículos, o mesmo não ocorreu em Mato Grosso. Em todo o país as vendas de veículos fecharam o ano com expansão de 11,35%, enquanto no Estado houve recuo de 5,82%, percentual visto pelo segmento como reflexo ainda da crise mundial, eclodida em setembro de 2008.

De acordo com levantamento divulgado ontem pelo Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Estado (Sincodiv), a baixa como resultado do desempenho estadual, não vale para os números de Cuiabá, onde houve crescimento de 8,49%.

Apesar da queda estadual, o setor considerou o resultado satisfatório ante a previsão inicial de redução de 10% a 15% nas vendas. “Podemos afirmar que houve uma recuperação”, avalia o presidente do Sincodiv, Paulo César Bôscolo.

O recuo de 5,82% inclui todos os segmentos do setor automotivo – comerciais leves, pesados, ônibus, motos e reboque – e leva em conta o número de emplacamentos realizados pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran). No total, foram emplacados 107.760 veículos, contra 117.415 do ano anterior.

Se no geral o Estado ficou aquém do resultado nacional, no segmento de veículos leves – carros de passeio – o mercado local ficou acima do observado no Brasil, com incremento de 23,20%, contra alta de 12,66%. Foram 34.939 automóveis emplacados no Estado em 2009, contra 28.359 em 2008. Já o emplacamento de leves cresceu 10,67%, passando de 10.687 para 11.827.

Os demais segmentos registraram comportamento negativo em 2009. De acordo com dados do Sincodiv, o segmento de pesados encolheu 5,11%, com as vendas caindo de 2.937 para 2.787 unidades. Bôscolo atribui a queda à “falta de infra-estrutura nas estradas”, o que segundo ele “comprometeu a renovação da frota”.

O segmento de ônibus também teve retração. Enquanto em 2008 foram comercializadas 302 unidades, no ano passado este número caiu para 260 (recuo de 13,91%). O número de reboques vendidos também caiu. Foram 3.132 unidades em 2008, contra 3.603 no ano anterior, representando uma queda de 13,07%.

MOTOS - A maior redução, contudo, foi registrada na venda de motos. Os dados de emplacamento do Detran revelam que o recuo foi de 20,01%, com o número de registros caindo de 68.527 para 54.815. O presidente do Sincodiv explica que a queda foi motivada pelas facilidades na concessão de crédito para carros novos. “Com as facilidades, muitos resolveram trocar a moto pelo carro”.

DIFERENTE - Os números de Cuiabá não refletem o cenário da crise que se alastrou pelo interior do Estado. Contrariando os números gerais, a Capital encerrou o ano com incremento de 8,49%, com o número de emplacamentos saltando de 28.872 para 31.324. O segmento de automóveis cresceu 26,39%, passando de 13.993 para 17.686 e, o de leves, avançou 15,70 (4.406 unidades, contra 3.808 do ano anterior). Veículos pesados tiveram incremento de 7,09%, com 680 emplacamentos em 2009 e 635 no ano anterior. Os demais segmentos registraram queda: ônibus teve recuo de 11,81%, motos 18,04% e, reboque, 19,54%.

No mês de dezembro, os emplacamentos deram um salto se comparados a igual mês de 2008. No Estado foram emplacados 3.100 automóveis, contra 2.261 em dezembro do ano anterior. Foram 1.153 comerciais leves vendidos em dezembro de 2009, contra 747 no mesmo mês de 2008. No segmento de pesados, o aumento de 191,49%.

2010 – Na avaliação do Sincodiv, 2010 deve ser um ano “extremamente positivo” para o mercado automotivo. “Por ser um ano eleitoral, há maior circulação de dinheiro e carros são adquiridos para campanha”, afirma Bôscolo. Segundo ele, o único fator que pode influenciar negativamente neste cenário é o boom do mercado imobiliário, que “normalmente troca as aspirações dos trabalhadores para a casa própria, ao invés do carro. Mas, outros segmentos acabam beneficiados”.





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