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Economia
Sexta - 08 de Janeiro de 2010 às 05:51
Por: Marcondes Maciel

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O fornecimento de gás natural aos postos de combustíveis e à planta da Sadia – suspenso há cerca de 40 dias - poderá ser retomado hoje pela estatal mato-grossense do gás, MT Gás. Segundo o presidente da companhia, Helny de Paula, a Bolívia já autorizou o envio do gás a Mato Grosso e o suprimento pode ser restabelecido a qualquer momento. O volume a ser enviado não foi informado.

“A Bolívia nos comunicou ontem que já autorizou o despacho, só estamos aguardando mesmo a chegada do gás por meio do duto (gasoduto Bolívia-Mato Grosso)”, afirmou Helny.

O comunicado foi feito pela Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), estatal que mantém contrato de fornecimento com a MT Gás. O último acordo, firmado em outubro deste ano, prevê suprimento por um período de dez anos.

O fornecimento está interrompido desde novembro, quando a GNV/MT, que terceiriza o serviço de transporte e distribuição de gás dentro do Estado, decidiu suspender o atendimento por falta de pressão nos dutos. A paralisação do envio foi motivada pela ausência de um contrato de transporte do insumo do território boliviano até o Distrito Industrial de Cuiabá, serviço este também terceirizado e que vinha sendo prestado pela GasOcidente, empresa pertencente à Pantanal Energia e que realizava o ‘frete no atacado’, do gás dentro do território estadual. Até a fronteira com Mato Grosso, o transporte era feito por outro braço da Pantanal, a GasOriente, atuante apenas dentro do território boliviano.

A retomada no fornecimento será possível devido a um acordo para atendimento emergencial até o final deste mês, no qual a Pantanal Energia se comprometeu a arcar com os custos do transporte. O acordo para este suprimento emergencial teria sido firmado no dia 31 de dezembro de 2008, e estava até então, sob crivo da agência reguladora da Bolívia, uma espécie de ANP.

Técnicos do segmento acreditam, contudo, que o volume a ser enviado em janeiro será suficiente para o suprimento por um período mínimo de seis meses, tempo considerado suficiente, tanto pelo governo do Estado como pelo diretor da Pantanal Energia, Fábio Garcia, para se chegar a um acordo que possa restabelecer de maneira contínua o suprimento ao Estado e inclusive, à usina térmica de Cuiabá.

O presidente da Pantanal Energia, Fábio Garcia, não foi encontrado para repercutir o assunto.






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