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Internacional
Quinta - 07 de Janeiro de 2010 às 20:11

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quinta-feira que é o principal responsável pela segurança do país e que, por isso, está interessado em corrigir os "erros sistêmicos" que viabilizaram o atentado frustrado do último dia de Natal. "Quando o sistema falha, é minha responsabilidade."

"Nas últimas semanas, fomos lembrados das ameaças ao nosso país. Esclareçamos o que esse momento significa. Estamos em guerra contra a Al Qaeda [...] e faremos o necessário para derrotá-la", afirmou.

No último dia 25, o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, 23, supostamente ligado à rede terrorista Al Qaeda, embarcou, em Amsterdã (Holanda), em um avião rumo a Detroit (EUA), com um pó explosivo que por pouco não foi detonado. No processo, houve um incêndio que chamou a atenção dos demais passageiros, impedindo que o rapaz provocasse explosão no avião que transportava cerca de 300 pessoas.

No discurso, o presidente disse ter determinado um fortalecimento nas medidas de segurança dos EUA, ordenando que "todas as pistas" sobre possíveis ataques sejam investigadas. "Não podemos esconder informações que podem proteger o povo americano", disse o presidente, afirmando que maior colaboração entre os serviços de inteligência é necessária, bem como a ampliação dos critérios da lista de pessoas proibidas de voar para os EUA.

Obama repetiu que os serviços de inteligência americanos tinham as informações necessárias para impedir o ataque, mas falharam em juntá-las para perceber a ameaça iminente. Ele disse que todas as pistas devem ser "agressivamente seguidas" e compartilhadas entre os serviços de inteligência e segurança do país.

O americano ressaltou, por outro lado, que nem mesmo o melhor serviço de inteligência pode prevenir todos os ataques e afirmou ter ordenado um fortalecimento da segurança nos aeroportos.

Em um discurso na terça-feira Obama já criticara o "fracasso" dos serviços de inteligência em "ligar os pontos" das informações que estavam disponíveis sobre o suspeito e que, segundo ele, seriam suficientes para impedir a tentativa de ataque.

Ataque

Nesta quarta-feira, Abdulmutallab, 23, foi acusado formalmente, em Detroit, de tentativa de assassinato e de tentar utilizar uma arma de destruição em massa para assassinar quase 300 pessoas, entre outros crimes.

De acordo com as investigações, ele viajou para Amsterdã, na Holanda, e, de lá, embarcou no voo com um pó explosivo escondido na cueca. Quando o voo se aproximava de cidade de Detroit (EUA), Abdulmutallab tentou detonar o pó injetando uma substância química. Durante o procedimento, no entanto, ele chamou a atenção de outros passageiros, que conseguiram contê-lo, impedindo-o de explodir a aeronave.

Depois da prisão, em depoimento, o nigeriano, ainda segundo as autoridades americanas, admitiu ter sido treinado para a ação pelo braço iemenita da Al Qaeda.

Abdulmutallab está na prisão federal de Milan, no Estado americano do Michigan. Ele teve seu visto para os EUA revogado. O rapaz havia recebido, em junho de 2008, visto para entradas múltiplas no país, com vigência de dois anos. Se for considerado culpado, o jovem pode receber uma condenação à prisão perpétua, comparecerá pela primeira vez nesta sexta-feira perante um tribunal federal americano em Detroit.

No dia 19 de novembro, o pai de Abdulmutallab alertara a embaixada dos EUA em Abuja, na Nigéria, de que seu filho tinha se transformado em um extremista islâmico. No dia seguinte, as autoridades colocaram o nome do rapaz em uma base de dados de inteligência, mas não em uma lista mais restrita, que o proibiria de embarcar rumo aos EUA.






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