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Quinta - 07 de Janeiro de 2010 às 11:14
Por: Romilson Dourado

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Fernando Ordakowski
Pré-candidato à AL, Carlos Avalone enfrenta resistência no PSDB, principalmente do ex-senador Antero de Barros
Pré-candidato à AL, Carlos Avalone enfrenta resistência no PSDB, principalmente do ex-senador Antero de Barros
O ex-senador Antero de Barros começou a bater duro dentro do PSDB para excluir da lista de concorrentes à Assembleia o empreiteiro e suplente de deputado Carlos Avalone. Sustenta a tese de que Avalone mancharia a chapa tucana, pois seu nome remeteria a "coisas ruins" do governo Dante de Oliveira, motivando questionamentos como, por exemplo, sua evolução patrimonial e, para piorar, a vinculação com a Operação Pacenas (Sanecap, escritório ao contrário), que resultou em 11 prisões, entre as quais do próprio Avalone, sócio da Três Irmãos, do Consórcio Cuiabano, que inclui também Gemini, Concremax, Encomind e Lúmen Engenharia.

As prisões, bloqueio de recursos, de bens e das obras foram determinados pela Justiça Federal por causa de denúncias de fraudes em licitação dos projetos do PAC em Cuiabá e Várzea Grande. Houve recurso junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região e, uma semana depois, os acusados conseguiram habeas corpus. Por fim, todo o inquérito foi anulado, após 22 indiciamentos, porque a própria Justiça excluiu do processo as interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal e que serviram de principal prova das supostas fraudes contra políticos, empresários, servidores e advogados.

Avalone está em liberdade, mas com a imagem arranhada, principalmente no meio político. Mesmo assim, ele pretende concorrer novamente a deputado estadual. Avalone foi tesoureiro da campanha vitoriosa à reeleição de Dante em 98, secretário de Indústria, Comércio e Energia da gestão tucana e ainda concorreu, sem êxito, como primeiro-suplente da chapa de Dante ao Senado, em 2002. No pleito de 2006 tentou vaga na Assembleia. Os 13.857 votos garantiram-no a primeira-suplência pela PSDB, que elegeu dois: Guilherme Maluf e Chica Nunes, que "pulou" para o DEM. Avalone assumiu o posto por mais de um ano, com licenciamento de Maluf, que neste período ficou como secretário de Saúde de Cuiabá.
 

Na briga interna, o suplente de deputado se mostra irritado com o posicionamento radical de Antero, que deve concorrer a deputado estadual, embora o partido o pressione para concorrer de novo ao Senado. A tese de Antero tem respaldo do próprio prefeito cuiabano Wilson Santos, pré-candidato tucano a governador, e da maioria dos membros da Executiva regional. Eles entendem que a candidatura de Avalone daria "munição" para os adversários atacarem o tucanato, mesmo se tratando de um processo que foi arquivado. A operação Pacenas se transformou num escândalo nacional. Foi explorado como o primeiro caso de fraudes envolvendo o tão propagado PAC do governo Lula. Cinco meses depois, Avalone, por ser o único dos envolvidos no esquema, com pretensões políticas, é o que mais sente nos ombros o "peso da Pacenas". Os demais saíram de cena.





Fonte: RD News

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