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Queda da arroba do boi gordo foi mais intensa em MT
A queda das exportações, aliada à baixa cotação do dólar durante o ano, impôs perdas de 22% nos preços da arroba do boi gordo para o produtor mato-grossense. No ano, os preços encolheram de R$ 90 para R$ 70. A queda observa no Estado está acima da média nacional, 11%, apurada pelo Cepea. Fora este recuo, o segmento amarga ainda um calote de algumas indústrias frigoríficas de cerca de R$ 120 milhões. Cifras a receber – num cenário positivo – a partir deste ano.
“O ano foi de perdas, principalmente face à desvalorização do dólar e à maior oferta de carne no mercado interno”, avalia o diretor executivo da Associação dos Proprietários Rurais (APR), Paulo Resende. Segundo ele, o Estado perdeu competitividade para exportar e hoje a carne de Mato Grosso é uma das mais caras do mundo. “Tivemos dificuldades para exportar e, com isso, o mercado interno foi obrigado a absorver uma grande parte dos abates feitos pelos frigoríficos. Com excesso de oferta, a queda dos preços foi inevitável”.
Resende diz que o pecuarista mato-grossense fechou o ano no vermelho. “Não conseguimos equilibrar receita e despesa. Os custos de produção se mantiveram elevados, enquanto os preços da carne sofreram retração”.
Ele diz que os pecuaristas que fazem confinamento foram os que mais perderam dinheiro em 2009. “O custo da manutenção do confinamento ficou bem acima da rentabilidade. A perda foi expressiva, girou em torno de 15% de prejuízo líquido para o produtor”.
Já o invernista – produtor que engorda o boi para abate – conseguiu empatar receita com despesa, “embora tenha comprado animais de reposição (bezerro) caro e vendido barato”.
Os custos de produção em 2009 continuaram elevados, sem uma compensação nos preços da carne. “Este descasamento resultou em perdas, pois o produtor desembolsou dinheiro para pagar despesas elevadas como insumos, produtos químicos, vacinas, combustíveis, folha de pagamento e outros encargos – e ainda teve prejuízos com a queda nos preços da arroba”.
O preço do bezerro em Mato Grosso caiu, na média, de R$ 650 para R$ 550, recuo em torno de 15% no ano.
2010 – De acordo com técnicos do Centro de Pesquisa Agropecuária da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz (Cepea/Esalq), a crise internacional e o regime de chuvas atípico em 2009 agravaram o cenário da pecuária para 2010. Com a escassez de crédito, caiu a demanda externa por carne e também as possibilidades de empresas financiarem a produção e novos investimentos. Quanto às chuvas, vieram em excesso em boa parte da região Centro-Sul, aliviando a estiagem típica de meados do ano, mas, por vezes, forçando a entrega de lotes de confinados em momentos não programados.
Conforme dados do Cepea, os recordes de preços registrados pelo setor em 2008 ficaram bem distantes das médias do segundo semestre do ano passado. Os preços tanto do bezerro quanto do boi e da carne caíram ao longo dos meses, sem perspectivas de recuperação para o produtor.
Com isso, a cadeia produtiva do boi demonstra preocupação com o mercado para 2010, que dá poucos sinais de recuperação. Os preços baixos e o dólar desvalorizado, cuja alta poderia compensar as perdas na exportação de carne, são as causas principais desse temor. Mesmo com 2009 ainda sem um balanço final das exportações, é possível prever que a queda na receita ante 2008 seja próxima a 30% e o volume recue em torno de 15%. Ou seja, o Brasil vendeu carnes com menor valor para os clientes externos, por conta da queda de consumo no mundo pós-crise de liquidez e ainda pelo fato de os principais concorrentes estarem bastante ofertados.
“O ano foi de perdas, principalmente face à desvalorização do dólar e à maior oferta de carne no mercado interno”, avalia o diretor executivo da Associação dos Proprietários Rurais (APR), Paulo Resende. Segundo ele, o Estado perdeu competitividade para exportar e hoje a carne de Mato Grosso é uma das mais caras do mundo. “Tivemos dificuldades para exportar e, com isso, o mercado interno foi obrigado a absorver uma grande parte dos abates feitos pelos frigoríficos. Com excesso de oferta, a queda dos preços foi inevitável”.
Resende diz que o pecuarista mato-grossense fechou o ano no vermelho. “Não conseguimos equilibrar receita e despesa. Os custos de produção se mantiveram elevados, enquanto os preços da carne sofreram retração”.
Ele diz que os pecuaristas que fazem confinamento foram os que mais perderam dinheiro em 2009. “O custo da manutenção do confinamento ficou bem acima da rentabilidade. A perda foi expressiva, girou em torno de 15% de prejuízo líquido para o produtor”.
Já o invernista – produtor que engorda o boi para abate – conseguiu empatar receita com despesa, “embora tenha comprado animais de reposição (bezerro) caro e vendido barato”.
Os custos de produção em 2009 continuaram elevados, sem uma compensação nos preços da carne. “Este descasamento resultou em perdas, pois o produtor desembolsou dinheiro para pagar despesas elevadas como insumos, produtos químicos, vacinas, combustíveis, folha de pagamento e outros encargos – e ainda teve prejuízos com a queda nos preços da arroba”.
O preço do bezerro em Mato Grosso caiu, na média, de R$ 650 para R$ 550, recuo em torno de 15% no ano.
2010 – De acordo com técnicos do Centro de Pesquisa Agropecuária da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz (Cepea/Esalq), a crise internacional e o regime de chuvas atípico em 2009 agravaram o cenário da pecuária para 2010. Com a escassez de crédito, caiu a demanda externa por carne e também as possibilidades de empresas financiarem a produção e novos investimentos. Quanto às chuvas, vieram em excesso em boa parte da região Centro-Sul, aliviando a estiagem típica de meados do ano, mas, por vezes, forçando a entrega de lotes de confinados em momentos não programados.
Conforme dados do Cepea, os recordes de preços registrados pelo setor em 2008 ficaram bem distantes das médias do segundo semestre do ano passado. Os preços tanto do bezerro quanto do boi e da carne caíram ao longo dos meses, sem perspectivas de recuperação para o produtor.
Com isso, a cadeia produtiva do boi demonstra preocupação com o mercado para 2010, que dá poucos sinais de recuperação. Os preços baixos e o dólar desvalorizado, cuja alta poderia compensar as perdas na exportação de carne, são as causas principais desse temor. Mesmo com 2009 ainda sem um balanço final das exportações, é possível prever que a queda na receita ante 2008 seja próxima a 30% e o volume recue em torno de 15%. Ou seja, o Brasil vendeu carnes com menor valor para os clientes externos, por conta da queda de consumo no mundo pós-crise de liquidez e ainda pelo fato de os principais concorrentes estarem bastante ofertados.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/146773/visualizar/
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