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Agronegócios
Quinta - 07 de Janeiro de 2010 às 02:28
Por: Vívian Lessa

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O plantio de soja transgênica em Mato Grosso cresceu 6 pontos percentuais na safra 2009/2010 em comparação a anterior. Isso significa que a participação do grão geneticamente modificado aumentou de 46% para 48% nas últimas 2 safras. Na estimativa de área plantada, de acordo com os dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o crescimento foi de 21,7%. Esse crescimento é calculado a partir dos números desta safra, cuja previsão é plantar 6,072 milhões de hectares, sendo 2,914 milhões de hectares cultivados com soja transgênica. Na temporada anterior foram 5,702 milhões (ha), dos quais, 2,394 milhões (ha) foram semeados por sementes modificadas geneticamente.

Apesar do plantio de soja transgênica no Estado mostrar um desempenho crescente, o presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Glauber Silveira, explica que essa tendência esbarra tanto na condição de logística como na difícil aceitação entre os produtores mato-grossenses. Ele aponta ainda que algumas regiões do Estado não possuem condições favoráveis ao escoamento desse tipo de produção. "O porto de Itacoatiara, no Amazonas, por exemplo, que é o principal para exportar a produção do Leste mato-grossense ao mercado europeu, é exclusivo para o transporte de soja não-transgênica".

Segundo o presidente da Aprosoja/MT, os municípios das regiões Norte e Sul mato-grossenses se destacam na produção do grão geneticamente modificado, ressaltando as cidades de Sinop, Lucas de Rio Verde e Nova Mutum. Outro empecilho para o desenvolvimento da soja transgênica no Estado, conforme o presidente, está na aceitação entre os produtores. Silveira diz que muitos sojicultores têm resistência quanto ao plantio dessa especialidade.

"Não há incentivos para que o agricultor plante a soja transgênica". A soja transgênica é uma planta resistente à aplicação do herbicida. Silveira acrescenta que essa variedade facilita o manejo, sendo cultivada em regiões propícias ao surgimento de ervas daninhas. Apesar disso, ele pontua que não há diferença entre as duas variedades quando o assunto é custo e produtividade.





Fonte: A Gazeta

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